MUNDIVIDÊNCIA.
- Josselene Marques
- 5 de mar. de 2016
- 1 min de leitura

Tudo depende da forma e do ângulo que encaramos o mundo. Um problema, por exemplo, pode tornar-se bem mais difícil de resolver se, com intemperança, aumentarmos o seu tamanho. As pedras fazem parte do caminho e sempre haverá um jeito de superá-las, retirá-las ou desviá-las. Elas existem para que tenhamos motivos para lutar, viver e valorizar cada avanço em direção ao futuro que almejamos. Também podemos enxergar beleza ou fealdade em uma mesma pessoa, coisa ou paisagem. O estado de espírito, as preferências e o background serão determinantes nessa mundividência. Busquemos, pois, ver o mundo com os olhos do coração, a serenidade e a sensibilidade dos poetas. Desta forma, os fardos e os entraves parecerão bem menores do que realmente são e ampliaremos as chances de vencê-los.
Neste sábado, compartilho mais um de meus poemas:
O OLHAR
Ao cair de uma bela tarde de sol, O olhar vaga em meio à multidão Numa busca incessante. À sua revelia, as horas passam... A cortina da noite se abre E deixa à mostra o seu manto de estrelas. Neste instante, apercebe-se solitário, A caminhar pelos lençóis de areia, Seguindo os estímulos luminosos. Conscientiza-se de que precisa se educar, Quando, de repente, constata que uma certa imagem E alguns detalhes lhe passaram despercebidos... Foi uma espécie de magnetismo, Que direcionou a sua mira, e eis que surgiu, Diante de si, um olhar de pergunta e o abraçou. O olhar andante fechou-se, entregou-se... Ao abrir-se, novamente, revelou seu amor, Transformado em olhar de resposta.
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