GRUYÈRE - UM RESUMO PERFEITO DA SUÍÇA.
- Larissa Amaral
- 23 de fev. de 2016
- 4 min de leitura

Quando se fala em Suiça, logo vem alguns ‘clichês’ referente ao país em nossa mente! E sem dúvida, o chocolate, o queijo, as vaquinhas e os relógios entraram em sua lista, juntamente com os conhecidos Alpes. Baseado nisso, surgiu minha ideia em trazer uma série de textos referentes a essas riquezas. Eu precisava enxugar algumas dessas informações em um só dia, e ainda tentar acrescentar algo mais positivo para os aventureiros, viajantes e amantes da arte, cultura e arquitetura de plantão. Bingo, encontrei! Nosso cenário perfeito foi Gruyère, uma cidade que reflete bem a Suíça, a meu ver, com 80% do que estávamos procurando. E aí vai uma dica: com seu orçamento para uma viagem, realmente a fim de conhecer a Suíça, faça seu plano para Genebra, com visita de um final de semana a Gruyère, voltando pelo trem ‘Golden Pass’ sentido ‘Montreux’, que pegamos na estação ‘Montbuvon’. Você desfrutará de uma vista panorâmica espetacular (apesar de termos voltado à noite, eu conheci parte desse visual durante o dia em outras viagens). Vale a pena o troca-troca de trem para afirmar que conheceu o país, sem exageros.

SAÍMOS ÀS 7:33 DE GENEBRA-AEROPORTO e utilizamos o trem como nosso meio de transporte (temos uma parada instalada neste lugar). As passagens podem ser compradas pelo site da ‘CFF’ (companhia ferroviária) nos valores que variam de R$ 345,00 a R$ 392,00 ida e volta. Podem ser adquiridas com valores reduzidos, como foi nosso caso, desde que um dos passageiros possua o ‘swisspass’, uma carta que pode ser comprada pela taxa anual de R$ 640,00 no mesmo site e que oferece várias outras vantagens aos passageiros. A meu ver, esta só seria interessante aos que moram na Suíça ou quem tem frequência em visitar este país. Àqueles que estão em Genebra, a vila disponibiliza de uns bilhetes promocionais chamados ‘Carte Journalière’, que podem ser adquiridos nas prefeituras (as Mairies) da cidade, onde cada bairro possui a sua. A desvantagem desta ultima é que devemos programar a viagem com bastante antecedência para se ter a sorte de encontrar a data que gostaríamos de embarcar, pois a demanda é grande com relação às ofertas. Sempre tento ‘bater na mesma tecla’ com relação a facilidade em utilizar os serviços que a Suíça nos oferece. Incrível foi o plano de viagem, com os horários em mãos, raros foram os atrasos, que quando ocorria não passava de cinco minutos. Tudo muito bem informado e sinalizado para não haver enganos aos que se serviam. Com relação ao site, com inglês básico e um Google tradutor do lado poderá ser ‘destrinchado’. Aos preguicinhas, podem alugar um carro e utilizar seu GPS até a região, ou pagar uma ‘fortuna’ em um táxi e chegar no seu destino. Não existe a opção de vôo.

FOI UM TRAJETO AGRADABILÍSSIMO, JÁ A VISTA NOS ENCANTAVA. Montanhas, com e sem neve, lago e terra fértil intercalavam em nossa visão. A criação nos convidava a cantar louvores ao Senhor. Sem falar naquela sensação de ‘viagem’ que só quem tem esse amor entende o que estou falando e não ver nem o tempo, de aproximadamente 2h30 de percurso, passar. Situada no cantão de Friburgo, no sopé dos Alpes, a vila medieval de Gruyères, consagrada ‘a mais bela vila no oeste da Suíça’ em 2014, nos seduziu por seu charme e arquitetura pitoresca. A cidade deu seu nome para a região e para o seu delicioso queijo. Acomoda, em uma de suas vinte e sete comunas, a Broc, uma das mais famosas fábricas de chocolate da Suíça, a Cailler e o Centrinho da cidade, mesmo com clima bem frio, ainda assim nos atraia para um passeio. Cercada de restaurantes, lojinhas e brasões de ferro que levam o símbolo da cidade, a ave Grou. Gruyère possui uma fonte que antigamente servia de abastecimento e era ponto de encontro da região. Possui também um portão fortificado que conecta a parte alta do centro, onde podemos encontrar o brasão com os dois heróis que salvaram a vila de uma invasão no século XIV, cujo os nomes eram Claremboz e Bras de Fer.

ALÉM DISSO, A VILA POSSUI ALGUNS PONTOS que não entrei pela falta de tempo ou indisponibilidade do ambiente, mas que estão à disposição, como o museu do Tibet, a Chocolateria Artesanal de Gruyère, o museu HR Ginger (do criador de Alien e outros personagens macabros, atração para os amantes da ficção científica), e o HR Ginger Bar (estava completo, atraente aos turistas pela sua decoração). Particularmente eu gosto mais de restaurantes e cafés no estilo chalé romântico pequenos e aconchegantes da vila. Tivemos uma paradinha para um chocolate quente em um desses ambientes, e eu amei. Sem falar na possibilidade de irmos para relaxar em um dos SPA's que a região nos oferece, o ‘Bains de la Gruyère’ ou, para os que estão afim de radicalizar a viagem, uma passadinha na estação de esqui seria sua melhor pedida. Sim, porque enquanto pegávamos nosso ônibus para irmos de um endereço a outro, cruzamos várias pessoas bem equipadas e cheia de neve de quem tinham acabado de se aventurar no esporte. Mas vamos começar de fato a viagem? É meus amigos, mas terão que aguardar ‘o próximo trem’ que desembarcará na semana que vem, porque aqui foi somente um resumo! Falei para vocês que eram riquezas?! Encantem-se, como eu fiquei... E até nossa próxima parada.

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