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PRECIOSA COMO A ÁGUA-MARINHA.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 17 de fev. de 2016
  • 5 min de leitura

SAMARA ALVES DE SOUSA

Samara Alves nasceu em Alexandria/RN, em 07 de fevereiro de 1986, caçula das três filhas de João Edvaldo Alves de Sousa e Francisca Neuma Alves de Sousa. Nesta cidade só fez mesmo nascer, pois a família morava no distrito de Vila Mata, município de Tenente Ananias, pertinho dos minérios de água-marinha, uma variedade do Berilo considerada pedra preciosa da qual o Brasil é seu maior produtor mundial, sendo nesta região onde são extraídas as pedras de maior qualidade. Mas seu Edvaldo nunca trabalhou nas minas, ele sempre gostou mesmo foi de comprar e vender gado, como também plantar milho e feijão nas terras do pai, enquanto dona Neuma criava as três meninas. A primogênita Sonale Alves é comerciária e estudante de Nutrição, e a do meio, Saionara Alves, enfermeira, concursada da Prefeitura de Caicó. Quando tinha apenas dois anos, Samara deixou as terras preciosas acompanhando a família para Serra Mossoró, onde o pai de seu Edvaldo possui algumas terras, e seu irmão, Evanildo Alves, um engenheiro da Cosern aposentado também havia investido. “Meu pai veio tomar conta destas terras e durante oito anos moramos no Sítio Rancho da Caça. Eu estudava na escola da comunidade chamada Manoel Dunga e lembro que brincávamos muito de subir em árvores, de Tica, pular corda e de elástico, coisas que não vemos mais hoje em dia”, diz Samara.

EM 1995, SEU EDVALDO COMPROU UMA CASA NO SANTA DELMIRA, o conjunto habitacional mais próximo das terras, cerca de seis quilômetros, tanto que muitas vezes ele ia e vinha de cavalo. As três meninas já estavam crescidas e precisavam de melhores condições de estudos e de vida. Samara continuou o ensino fundamental na escola estadual do bairro e depois foi para o Colégio Dom Bosco, onde concluiu. O ensino médio fez na escola estadual Eliseu Viana. Tentou vestibular mas não conseguiu entrar em Veterinária, área que tinha admiração desde o dia, ainda menina, viu uma novilha adoecer e ela não poder fazer nada. “Eu acompanhei seu sofrimento e prometi que quando crescesse seria veterinária, para poder cuidar dos animais”, descreve. Para ela e suas irmãs, que sempre moraram em sítio, a vinda para a cidade grande foi a possibilidade de aprendizado, socialização maior e oportunidades. Samara ampliou suas relações frequentando o grupo de jovens da igreja Menino Jesus, onde fez a eucaristia e também a crisma. “Cantava e louvava junto de amigos, mas na verdade estava também me formando para vida adulta”, acredita. Em 2004, ano em que concluiu os estudos, conheceu Raimundo Milton Silveira Neto, um comerciante de pet shop na Avenida Felipe camarão, bairro Doze Anos, que na época namorava uma amiga de sua prima Girlane. Por ela morar também no Santa Delmira, ele estava sempre por perto. Após o termino deste namoro, Silveira pediu a amigos o telefone de Samara, ligando para ela para conversar. Até aquela data, ela só tinha tido um relacionamento mais sério que havia iniciado quando ainda tinha 15 anos. “Durante cerca de três anos vivi um namoro normal, que o próprio tempo tratou de me mostrar que não passava de um namoro de adolescentes”, conta.

NO CASO DE SILVEIRA A COISA JÁ FOI DIFERENTE. A amizade que surgiu virou naturalmente um namoro firme, que acabou em casamento no dia 21 de janeiro de 2005, quase um ano depois de se conhecerem. Desta relação nasceu Ana Beatriz, hoje com onze anos, e João Victor, com sete. Nasceu também o Pet Show, comércio de produtos e serviços para animais que o casal colocou na casa dos pais de Samara. Antes eles foram morar na casa dos pais de Silveira, onde nasceu a filha e a ideia do pet foi sendo amadurecida. Silveira fechou seu negócio anterior e eles aproveitaram o ponto comercial que seu Edvaldo havia construído para colocar um frigorífico que nunca existiu. O prédio havia sido alugado algumas vezes e estava vazio quando resolveram abrir o negócio. “Nele acabei fazendo um curso prático de veterinária ao conviver no dia-a-dia com as demandas dos clientes em relação aos seus pequenos animais de estimação, principalmente gatos e cachorros. A parte mais difícil foi a de aprender sobre os medicamentos, já que requer uma atenção e responsabilidade maiores. Para isso sempre tivemos a orientação de um profissional graduado na área”, conta Samara. Só que o tempo foi passando e enquanto os filhos e os negócios tomavam quase toda a atenção de ambos, a vida pessoal e social dos dois foi abrindo lacunas que resultaram em uma separação amigável em 2012. Apesar de já ter sua própria casa na parte de cima do negócio e seu próprio carro, Samara teve medo. Não sabia como seria sua vida a partir daquele momento. Continuou gerenciando o pet shop e cuidando dos filhos com a ajuda da mãe. Já tinha um domínio do negócio e sabia que em seu ramo a compra dos produtos deve ser rigorosa, devido o prazo de validade, bem como o profissional que cuida dos serviços, como banho e tosa, deve ser qualificado e comprometido com o trabalho.


A MAIORIA DOS CLIENTES DE UM PET SHOP possui em sua essência uma sensibilidade marcante. Leva os animais como quem leva um filho para um posto de saúde e querem como retorno um diagnóstico correto e um tratamento carinhoso. “O amor aos animais é muito grande e nós precisamos retribuir com muita responsabilidade a confiança que nos é colocada. Sempre é necessário muita atenção, carinho e respeito para com o sentimento de quem chega com aflição quando seu animal está com infestação, infecção, fastio ou mesmo quando é apenas para cuidar de sua higiene”, relata. Para Samara, “as pessoas estão ficando cada vez mais individualizadas devido a maior independência financeira que as mulheres conquistaram. Porém, esta solidão fez crescer a necessidade de possuir um animal de estimação que oferece, com certeza, o maior e mais sincero afeto ao seu dono.” Ela mesma conta com a companhia fiel de seu poodle Marley. Quase um ano após o fim do casamento, no entanto, conheceu o fisioterapeuta Isaac Cavalcante, concursado nas prefeituras de Mossoró e Baraúnas, que acabou também preenchendo seu lado emocional afetivo. “Nos conhecemos em um show do Aviões do Forró, para onde fui como todas as outras vezes que saia, com o objetivo apenas de me divertir. Pediu meu telefone por ter me achado muito interessante e bonita. Durante um mês nossa conversa foi apenas pelas redes sociais. Depois foram mais três meses até virar um namoro de forma natural. Brinco dizendo que ele nunca me pediu em namoro”, conta. Decidiram morar juntos apenas quando José Heitor nasceu, no dia 6 de agosto de 2015, o fruto deste novo relacionamento, mais maduro, divertido, sem as inseguranças financeiras do anterior, enfim, em uma nova etapa de sua vida. Com Isaac, Samara pôde dividir melhor seu tempo, possibilitando viagens como as que fizeram para Curitiba, Gramado, Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu. Também está pensando em voltar a estudar, ou veterinária ou arquitetura, mesmo com a dificuldade em não ter muito tempo de fazer um cursinho preparatório. Quer também ter sua casa separada do negócio e continuar agradecendo a Deus por tudo que a vida lhe proporcionou de maneira tão preciosa, como as águas-marinhas das quais recebeu as energias necessárias para construir sua vida de trabalho e amor.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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