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...E ESTUDIOSO APLICADO. - 2ª PARTE.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 14 de fev. de 2016
  • 4 min de leitura

JOÃO SABINO DE MOURA

No final da década de 60, estabilizado na área da contabilidade por ter formado uma clientela fiel que lhe gerava uma renda segura, João Sabino decidiu investir também em seus conhecimentos ingressando na Faculdade de Economia. Concluído em 1973, logo entrou no recém-criado curso de Administração na época em que foi inaugurado o campus da UERN. Emendou com o curso de Ciências Contábeis, este já através de vestibular, completando sua formação na área que lhe deu notoriedade na cidade. Depois veio a especializar-se em Administração e Negócios pela UERN, em convênio com a Universidade do Ceará. Um serviço que marcou sua dedicação à área contábil foi quando soube aproveitar bem uma nova legislação que dizia que todos os que tivessem propriedade rural a partir de 50 hectares tinham que declarar o Imposto de Renda. Foi aí que Sabino criou sua famosa pasta 007, colocando nela um adesivo da Receita Federal. Todos os sábados pegava sua bicicleta e saia em busca de clientes rurais, só voltando no domingo à noite. Cada final de semana ia por uma rota diferente: Baraúnas, Governador Dix-Sept Rosado, Upanema. Este serviço gerou uma renda quase toda investida em imóveis. Em 1982, a convite do professor José Cesário de Queiroz, ingressou na carreira do magistério, na qual passou 14 anos. Lecionou Contabilidade Pública e Comercial, entre outras disciplinas, na UERN. “O peso do convite foi decisivo para aceitá-lo, pois o professor tinha acompanhado toda a minha vida acadêmica, desde os tempos do União Caixeral. “Acabei amando a profissão e fazendo um rol de amizade com meus ex-alunos que me fazem ser chamado de professor incontáveis vezes ao dia”, destaca.

DEVIDO SUAS PARTICIPAÇÕES EM DIVERSOS CONGRESSOS E CONVENÇÕES, principalmente ligadas à contabilidade, mas também como professor, e somada a seu conhecimento de construção, João Sabino acabou realizando um sonho de investir no setor hoteleiro, inaugurando seu primeiro hotel em 1º de março de 1990, no lugar onde construiu sua primeira casa, no Alto de São Manoel. Foram quatro anos construindo aos poucos seu sonho, abrindo o empreendimento com 10 apartamentos prontos, 40 em construção e mais 30 projetados. “Hoje, com o nome de Sabino Palace, conta com 106 apartamentos e um serviço completo, tendo passado entre 2009 e 2013 por uma completa reforma mobiliária e estrutural para se inserir em um mercado que se modernizou exigindo qualidade total”, relata. Um ano depois, através de concorrência pública realizada pelo Governo do Estado, investiu no Hotel Serrano de Martins que na época tinha 36 apartamentos e, após 18 anos, se encontra com 70 e toda uma estrutura modernizada e atraente. Em 2000, foi a vez de Sabino adquirir um imóvel onde funcionava o Hotel Chapadão, em Apodi, o transformando em Hotel Lajedo, hoje com 27 apartamentos. Em 2005, arrendou ao Governo do estado o Hotel Costa do Atlântico, em Areia Branca, que já existia com 24 apartamentos ampliados para 38, na praia de Upanema. Para todos estes projetos Sabino pouco contou com empréstimos bancários, pois seus trabalhos de contabilidade e na sala de aula possibilitaram criar um capital através de imóveis que acabaram sendo utilizados nos investimentos de sua rede hoteleira. O sucesso dos 10 primeiros apartamentos completou o capital necessário para o crescimento contínuo que veio a seguir. “O segredo é trabalhar com amor e de forma incansável, respeitando e valorizando os colaboradores, com humildade e perseverança”, resume. Faz questão de acrescentar ainda que 30% de seus 90 funcionários já possuem o curso Empretec, oferecido pelo SEBRAE, que capacita e qualifica trabalhadores nas mais diversas áreas. “Todos os anos reunimos nossos colaboradores e premiamos aqueles que se destacaram”, conta Sabino.


DURANTE SUA VIDA NO RAMO DA HOTELARIA, Sabino também construiu outras unidades como o Hotel Olho D’água dos Borges, em Caraúbas, Portal da Serra, em Portalegre, e Hotel Natal praia, em Natal. Estes deixaram de fazer parte de sua administração por acabarem sendo alvos de processos judiciários decorrentes de separações litigiosas. Com Francisca o casamento acabou em 1993, e ela ficou com o hotel de Caraúbas. O casamento que teve com Ivonete Barbosa Medeiros, que durou nove anos, concluído em 2007, resultou no acordo que levou os outros dois hotéis citados em processo concluído apenas em 2012.

Discursões judiciais que não chegaram a traumatizar o hoteleiro, pois seu relacionamento com Maria Aparecida Nunes, iniciado em 2008, acabou em novo casamento no dia 1º de novembro de 2013, no qual nasceu a herdeira Sabryna Vitória Laile Nunes Sabino. “Nunca devemos ter medo das mudanças. Eu tinha oito anos quando juntamente com um tio e dois irmãos tangemos mais de 100 criações durante quatro dias até o sítio em Governador Dix-sept Rosado. Acho que a partir daquele momento passei a acreditar que tudo que pudesse pensar em realizar seria possível. Bastando para isso se dedicar até alcançar o objetivo, sem que nada pudesse atrapalhar”, comenta.

PARA COMBATER SUAS FRAQUEZAS NA ARTE DO RELACIONAMENTO, Sabino contou com a participação decisiva do amigo e padre Alfredo Simonetti, pois ao criar o Clube da Juventude do Alto de São Manoel com o objetivo de melhorar a educação e a sociabilidade de jovens da comunidade, o chamou para presidir, ainda aos 16 anos de idade. “Minhas fragilidades em meus relacionamentos pessoais foram arrancados aos poucos a partir desta grande responsabilidade duramente aceita”, enaltece. No decorrer de sua vida, acabou sendo um assíduo participante da vida social da cidade, tendo sido secretário da Associação dos Feirantes do Mercado Central de Mossoró, em 1967. Em 1972 fez parte da criação, como vice-presidente, da Associação dos Contadores, entidade que se tornou Sindicato dois anos depois com Sabino na presidência. Em 1991, também criou o Sindicato dos Hoteleiros, Bares e Restaurante de Mossoró, primeiro como vice-presidente e depois assumindo a presidência. Em 2000, ajudou a criar o Instituto Norte-riograndense Mossoró Visition Bureau, e em 2005, foi diretor da Associação Brasileira dos Hotéis. “Sozinhos não vamos a lugar algum. Temos que nos dividir, mas sempre nos multiplicando”, ensina. Esta e outras histórias estarão em breve no livro que contará os sonhos, esperanças e realizações de João Sabino de Moura, detalhadamente relatados para servir de exemplo e de encorajamento aos que ainda necessitam desta força para concretizar seus empreendimentos.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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