NADA MAIS SERÁ COMO ANTES.
- Sergio Levy
- 5 de fev. de 2016
- 2 min de leitura

O tempo é o senhor da razão. Esta frase é soberana, pois carrega em si mesmo a verdade de nossa história. É só olharmos para trás e ver que a humanidade sempre teve períodos marcados por revoluções, seja em quais áreas fossem, que definiram e delimitaram o começo e o fim de eras e gerações. Nem precisamos aqui ficar listando, basta lembrarmos o que representou a descoberta do fogo ou da roda, do petróleo e todos os seus derivados, como o plástico, e por aí vai. Quero logo chegar aos nossos tempos, prevendo que nada mais será como antes. Em outubro teremos novas eleições municipais e candidatos a Prefeito e Vereador passarão de casa em casa pedindo voto, como sempre fizeram. Tapinha nas costas, sorrisos marotos, ouvindo pedidos, prometendo cumprir com aquilo que for possível e pedindo um voto de confiança. Que confiança? Pode algum cidadão de bem confiar na classe política depois da palhaçada que estamos vendo envolvendo o partido que era a última esperança de luz para nosso país? Difícil acreditar que tenha, mas a questão, infelizmente, não é exatamente de confiança.
NOSSA GENTE, NOSSO POVO, NOSSA CULTURA, NOSSA MENTALIDADE, não destoam muito dos nossos atuais representantes. Esses que passam a mão no dinheiro público com a mesma facilidade que o trombadinha rouba uma carteira na esquina somos nós. A diferença é apenas a posição em que estamos. Muitos que esbravejam contra os bandidos de paletó estariam tirando os mesmos proveitos se no lugar deles estivessem. Nem há como contra argumentar, já que estes que ocupam os maiores cargos do país foram eleitos por maioria absoluta de nossos eleitores. Outro dia um trator da Prefeitura limpou um descampado que moradores costumam jogar lixo naturalmente, sem o menor pudor. Uma hora depois, já víamos a chegada do primeiro saco de lixo no lugar, de uma série que deixará em poucos dias uma montanha de podridão no espaço público, com ratos, baratas e moscas a fazer a festa. A culpa é do Prefeito? Esta nossa geração plantou o descontrole, a bagunça e a desesperança social, criando, sem saber, uma nova era de ajustes e desajustes. Ninguém é inocente, ninguém ficará impune, pois todos nós somos parte da mesma luz, como centelhas ligadas em movimentos sincronizados e dependentes. Todo o mal criado se espalha como brasa, assim como todo o bem que estamos deixando de criar.
Comments