A BELEZA QUE NÃO VEMOS NO ESPELHO.
- Josselene Marques
- 30 de jan. de 2016
- 2 min de leitura

É consenso que a beleza exterior é efêmera, pois as pessoas envelhecem e tudo o mais se desgasta naturalmente. Embora ela possa ser conseguida, recuperada ou potencializada por tratamentos estéticos, reeducação alimentar, figurinos adequados, entre outros recursos existentes, ela sempre necessitará de manutenção e, mais cedo ou mais tarde, deixará de existir pela ação poderosa do tempo. No entanto, há um tipo de beleza que não se deteriora. Muito pelo contrário! Ela amplia sua exuberância de vida, a cada dia de nossa existência, num crescente sem limites. Refiro-me à beleza interior – a que realmente importa –, solidificada, com o passar dos anos, através do nosso amadurecimento e da nossa evolução, à medida que nos deixamos polir por valores éticos, morais e sentimentos nobres, revestidos pelo jeito especial e peculiar de sermos. O filósofo grego Platão afirmava que o belo é a verdade, o bem e a perfeição das ideias. Por conseguinte, deduzimos que a beleza duradoura não pode ser vista no espelho, pois ela está totalmente desvinculada de qualquer vestígio sensório. Entretanto, embora não possamos enxergar a própria beleza interior, quem nos cerca tem a possibilidade de comprovar sua existência por meio de nossas boas e despretensiosas ações. Daí nós concluímos que, exterior e temporariamente, é muito fácil ‘ficar’ ou parecer belo (a) aos olhos de todos, inclusive aos nossos, enquanto que, interiormente, nós podemos ‘ser’ muito mais bonitos por toda a vida – assim o desejemos e trabalhemos para isso.
Para não perder o costume, compartilho mais um de meus poemas:
VETUSTEZ
Os anos deixaram marcas em seu rosto, Mas sua alma continua linda e jovem. Os anos apoderaram-se dos seus melhores momentos, Porém saudosas lembranças permanecem presentes. Os anos têm imposto limitações ao seu corpo, Contudo, não degeneraram a sua vontade de viver.
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