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7ª LEI PARA SER FELIZ: PROTEGER OS SOLOS DA MEMÓRIA

  • Augusto Cury
  • 19 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura

Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as mãos para cultivá-las... Proteger os solos da memória é cuidar da qualidade dos arquivos conscientes e inconscientes que contêm os segredos da nossa personalidade. É se preservar do registro do medo, do desespero, das mágoas, enfim, do lixo de nossa existência. É também reescrever os arquivos doentios já arquivados. Todos se preocupam com os arquivos dos computadores, mas raramente alguém se preocupa com as mazelas e misérias arquivadas em sua memória. Se não protegermos a memória, é possível ter uma vida completamente infeliz, mesmo com uma infância saudável. Por favor, gravem isso. Nos computadores o registro depende da vontade, na memória humana o registro dos pensamentos e emoções é involuntário, realizado pelo fenômeno RAM (registro automático da memória). Nos computadores, a tarefa mais fácil é apagar os arquivos; no homem é impossível, a não ser por traumas cerebrais. Embora difícil, precisamos aprender a proteger a nossa memória. Toda angústia, medo, agressividade e ideias negativas registram-se e não podem mais ser deletadas, só reeditadas. Diariamente, você planta flores ou constrói favelas na sua memória. Como assim?


FOBIAS As fobias são provenientes de uma interpretação distorcida que gera um registro exagerado de um objeto fóbico: insetos, animais, pessoa, ambiente. A claustrofobia é o medo de lugar fechado, tal como um elevador; a acrofobia é o medo de altura; a fobia social é o medo de lugares públicos; a fobia simples é o medo de insetos e animais. Mas o pior tipo de medo é o medo do medo. O fenômeno RAM fotografa bilhões de experiências durante nossa existência. Todos nós, mesmo os que tiveram uma infância feliz, adquirimos enormes favelas no inconsciente. Quais são as suas favelas?


UMA BARATA MAIS PODEROSA DO QUE UM SEQUESTRADOR Dependendo do volume de tensão, as experiências existenciais podem ser registradas de maneira tão traumática que controlam a inteligência. Uma barata pode ser registrada como um monstro, um elevador como um cubículo sem ar, uma reunião em grupo, como um ambiente agressivo e castrador. Lembro-me de uma paciente que foi sequestrada e ficou mais de um mês no cativeiro. Sabe qual a primeira coisa que ela perguntou aos sequestradores? Se haveria baratas no ambiente em que ela ficaria. Para dormir ela suplicava calmantes aos seqüestradores. O medo encarcerou sua liberdade. Há medo de todos os tipos: medo de perder o emprego, de ser assaltado, de um ataque terrorista, de andar de carro, de ficar sozinho, de ser rejeitado, de fracassar. Quais são seus medos?


UM MEDO MUITO ESTRANHO Recentemente uma jovem universitária disse-me que tinha um medo incomum: pavor de pássaros. Um trauma na infância levou-a a ter medo das inofensivas aves. Contou-me que podia enfrentar um cachorro bravo, mas não um beija-flor. Como nossa mente é complexa! Quem controla a nossa mente não é a realidade real de um animal, pessoa ou situação, mas a realidade emocional registrada na memória. Temos uma fantástica inteligência, deveríamos ser livres, mas facilmente criamos gigantes em nosso inconsciente que nos ameaçam e nos aprisionam.


DICAS PARA PROTEGER A MEMÓRIA Viva intensamente “as leis” para ser feliz: contemple o belo, gerencie a emoção, trabalhe perdas. Mas o que fazer com os traumas já registrados? É necessário reeditar o filme do inconsciente, sobrepondo novas experiências sobre as antigas. Eis o maior desafio da inteligência! É necessário ‘criticar’ diariamente as imagens doentias da memória que nos controlam. É necessário também ‘não pedir’ mas ‘determinar’ ser alegre, ousado, seguro, saudável. Essas ferramentas reurbanizam as favelas do medo, do ódio, da autopunição e nos libertam.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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