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BARCELONA, MINHA DESCOBERTA PERFEITA.

  • Larissa Amaral
  • 10 de jan. de 2016
  • 5 min de leitura

Graças a Deus já tive a oportunidade de fazer várias viagens, seja no Brasil, na Europa (onde vivo) e até fora deste continente, porém, são raras aquelas que sinto desejo de compartilhar. Elas precisam valer muito a pena, em todos os sentidos. Esta merece destaque. Sem conhecer muitas opções para o Réveillon em Genebra, já que minha tradição sempre foi virar o ano em Tibau com a família, resolvemos uma viagem ‘last minute’ direto à Barcelona. Sendo a maior cidade e a capital da comunidade autônoma da Catalunha, o lugar é rodeado de excelentes pontos turísticos fáceis de serem explorados e visitados, de uma culinária maravilhosa, de um povo simpático e com um custo acessível. Para se ter uma ideia, pagamos 30 euros com táxi pelo trajeto Aeroporto-Hotel (na avenida Carrer de Balmes). Situada no nordeste da Espanha, Barcelona é também a capital da comarca de Barcelonês e da província de Barcelona. Sua moeda é o Euro e as línguas oficiais são tanto o catalão quanto o espanhol. Mas por lá, encontrávamos quem se comunicava em inglês, francês e até no nosso português. Em ônibus turísticos, poderíamos ter todo o passeio traduzido em aproximadamente quatorze línguas diferentes. As crianças e os aposentados, turistas ou não, são agraciados com o direito à redução nos bilhetes de alguns lugares como em museus, em igrejas e em ônibus turísticos.



NOSSO VOO FOI A NOITE, e em uma hora e meia estávamos no nosso destino. Como boas turistas, fizemos o check-in no hotel ‘correndo’ e fomos orientadas pelo recepcionista onde poderíamos experimentar uma comida típica espanhola. Percebi uma coisa: se os catalanos (ou catalães) estão em crise, em nenhum momento deixaram transparecer, pois o restaurante que fomos, por exemplo, estava lotado (ouvíamos gente falando todas as línguas, mas predominava a da região) e tivemos que aguardar uma mesa para saborear um delicioso ‘Tapas’. Pagamos 16 euros/pessoa no jantar com direito a sobremesas e cafezinhos. Mas é possível encontrar em Barcelona menus (entrada, prato principal, sobremesa e bebida) para o meio dia ou brunchs (café da manhã e almoço juntos) por exemplo, que variam de 7 à 19 euros. No dia seguinte, resolvemos explorar um pouco o bairro do hotel. Caminhamos e logo estávamos na Rambla de Catalunya (uma extensão de rua típica da Espanha destinada a pedestres que desce até o mar – Port Vell), chegando a Plaça Catalunya, a maior e mais central das praças de Barcelona. Ela nos serve de ligação entre o núcleo antigo e o Eixample (terreno urbano dedicado a construção). Fica registrado minha dica para hotéis nesse arredor. Lá, nós pagamos 27 euros/pessoa (ou 23 euros/crianças e aposentados) por um bilhete no ‘Barcelona City Tour’, um ônibus que nos permitiu conhecer a cidade de maneira cômoda e singular. Era válido para o dia inteiro, tínhamos direito de visitar tanto a parte leste como a oeste da cidade, podendo descer onde desejássemos, nos garantindo pegar o próximo da linha que passa a cada 15 minutos e continuarmos a rota de onde havíamos parado. Eu indico sempre abrir suas viagens com esse tipo de programação, pois ela nos auxilia na familiarização com o lugar para os nossos próximos dias. O réveillon na Espanha não teve grandes emoções, havia muita gente nas ruas, cada uma com sua bebida, os restaurantes aglomerados, um policiamento bem reforçado, pois eles temiam qualquer ataque terrorista. Não tinha música, nem queima de fogos foi o forte do evento, porém a beleza de Barcelona e tudo que ela estava me proporcionando, deixou a virada do ano magnífica aos meus olhos. Na Espanha, as pessoas têm costume de comer doze uvas da sorte, no momento mágico em que o ano velho e o ano novo quase coincidem, traduzida pela batida do relógio. Segundo a tradição, que nasceu em 1909 quando houve uma grande produção da fruta no País, para cada batida dos segundos finais, devemos comê-las e a sua doçura prevê como será cada mês, ou seja, se a terceira uva estiver amarga, prepare-se para o mês de março, pois pode ser um mês difícil. Eu fiz essa brincadeira, mas adaptada a meu ato de fé, as uvas foram oferta do restaurante que estávamos, e para cada uma eu orava ao Senhor com pedidos e desejos diferentes. Tive a sorte de comer apenas uvas doces, porém em todas tive que remover caroços, e baseado nisso, sei que posso ter momentos que atravessarei obstáculos em 2016, porém serão vencidos. Esse é meu voto a todos vocês.

MAS NOSSA VIAGEM NÃO ACABOU. No dia primeiro de janeiro, basicamente tudo era fechado em Barcelona. Uma ou outra padaria, alguns consideráveis restaurantes e a orla toda a nossa disposição. Incrível, essa época do ano, o clima em Barcelona é bem diferente do inverno que conheço em outros lugares da Europa. A capital catalã, não costuma apresentar temperatura abaixo dos 5 graus celsius. Podíamos comer ao ar livre mesmo a noite, desfrutar de passeios da mesma natureza, ver um raro céu cinza no final da tarde e nada de clima depressivo. Nos aventuramos pegar o metrô (mais fácil do que fazer um bolo). O bilhete pode ser comprado para o dia inteiro, em máquinas instaladas em cada estação, válido até o final dos serviços (meia-noite) por aproximadamente 8 euros. Exploramos um pouco a Playa de la Barceloneta, a mais famosa internacionalmente falando, entre as dez que Barcelona possui. A praia nos oferece várias opções de ‘chiringuitos’ (como são chamados os bares) para drinques, e para refeições. Esses locais são famosos pela sangria, pelo ‘tapas’, pelos pratos à base de frutos do mar e pela ‘paella’. À noite, eles costumam oferecer animadas baladas com DJs e músicas ao vivo. Lá podemos também encontrar ótimos cafés e restaurantes. Também tivemos o dia de fazermos shopping, que apesar de estarmos na temporada das promoções na Europa (janeiro/fevereiro), não tivemos muita sorte com o bairro que estávamos, pois em poucas lojas poderíamos avistar as propagandas e ofertas de liquidação. Mas a Espanha, no geral, é uma excelente opção para comprar roupas, sapatos e acessórios por preços baixíssimos. Ainda nos arriscamos em algumas peças bem consideráveis, porque afinal, mulher não é de ferro, não é mesmo?


NÃO FIZEMOS SOMENTE ‘AS MADAMES’. Após as compras, fomos às artes. Visitamos um dos milhares de museus que Barcelona possui: o de Cera. Muito interessante e apaixonante. Os personagens são tão reais que chega a assustar. Lá encontramos algumas celebridades: do cinema, como Charles Chaplin e Steven Spielberg; cientistas como Einstein, Gaudi, famoso arquiteto que projetou praticamente toda Barcelona; alguns casais que marcaram a época como Cleópatra e Marco Antonio, Jonh Lennon e Yoko, Charles e Camila Parker, Bonnie e Clyde. Um lado mórbido do museu é traduzido em algumas mortes que fazem parte da história como a da chefe militar Joana D'arc, queimada viva em praça pública, e um setor triste estampado na fatalidade do famoso toureiro espanhol Joselito, morto na arena em 16 de maio de 1920. A entrada custa 15 euros (Adultos) e 9 euros (crianças e aposentados), mas podemos fotografar ou filmar no interior do museu. Vale lembrar que Barcelona nos oferece inúmeros museus com entrada franca. Chegamos ao final de mais uma viagem, e acredito que acertei, tanto na escolha do lugar, pois pretendo voltar quando couber, quanto em dividir com vocês essa experiência, pois a ideia é fazer vocês acertarem também. Saibam que, com uma boa programação, com organização financeira, em um hotel bem localizado e uma excelente turma de amigos ou família, Barcelona fica acessível a todos. Boa viagem! E até a próxima.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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