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AMOR À RADIOFONIA.

  • Lindomarcos Faustino
  • 9 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

JÚLIO JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA (In Memoriam)

Júlio José nasceu no dia 28 de dezembro de 1949, na cidade de Recife/PE, filho do ex-combatente Cipriano Paca de Oliveira e Agripina Alves de Oliveira. Sua família morou em várias cidades do Nordeste brasileiro. Mas foi quando aportaram em Garanhuns/PE, terra natal de sua mãe, que ele foi batizado por Alberto Catão, diretor da rádio Difusora daquela cidade, abrindo o caminho para que encontrasse sua estrada de vida. Com apenas 13 anos, Júlio José iniciou sua trajetória no rádio fazendo ‘Plantão Esportivo’. Seu padrinho sempre achou que ele tinha os dotes artísticos necessários e apostou no profissional. Depois Júlio trabalhou na rádio Educadora Rural, da cidade de Lajedo/PE, de propriedade do clero daquela cidade, chegando a ser um dos administradores da emissora entre seus 15 e 16 anos. Na emissora apresentava um programa sertanejo. Ainda na adolescência, descobriu sua vocação para o rádio, tornando-se um verdadeiro sacerdote da radiofonia. Em 1968, Júlio serviu a Força Aérea Brasileira por quatro anos, mas sempre foi um dedicado assíduo do rádio. Quando saiu da aeronáutica já estava fazendo bicos na Rádio Olinda, da cidade de mesmo nome, trabalhando com o saudoso arcebispo Dom Helder Câmara. Nesta emissora, Júlio fez parte de uma conceituada equipe de esporte, com Alexandre Santos, Luís Cavalcante, Cesar Brasil, Roberto Queiroz, Hélio Macedo e Alfredo Martilene.



SER RADIALISTA É SER VOCACIONADO – Com o tempo sua experiência em rádio foi passeando por outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Entre as principais rádios em que Júlio trabalhou estão: Arapuã, de João Pessoa/PB; Capixaba, em Vitória do Espírito Santo; Clube ABC, em São Paulo; Dragão do Mar, em Fortaleza. Sua versatilidade era enorme. Mesmo tendo o esporte como base, atuou nas áreas do jornalismo político e policial. Júlio José chegou ao município de Mossoró em 1977, onde conheceu sua esposa, Drª Maria José Fernandes Cavalcante, diretora administrativa do Hospital Rafael Fernandes. Desse enlace nasceram três filhos: Karoline Cavalcante de Oliveira, Júlio José Alves de Oliveira e Jiulha Maria Cavalcante de Oliveira. Em 1977, quando o radialista Evaristo Nogueira trabalhava na Rádio Tapuyo de Mossoró, ao lado do radialista Roberto Machado, fez o convite a Júlio José para integrar a equipe de esporte daquela Emissora. Aceitou, por lá permaneceu até 1980. Logo depois, teve uma passagem rápida pela rádio Difusora e, posteriormente, pela Libertadora Mossoroense, passando nesta última cerca de 10 anos. Em 2009 foi trabalhar na Rural de Mossoró, permanecendo até novembro de 2015, onde apresentava o programa ‘Momentos Esportivos’, das 12h às 13h, ao lado de Ricardo Brilhante e Gualter Alencar. Para Júlio, fazer rádio era uma coisa muito séria, pois pediu que quando falecesse colocassem um rádio ligado em cima dele e fechasse o caixão, pois queria ser sepultado acompanhado do mundo no qual era apaixonado. Ainda acrescentava que fazer rádio era uma vocação, que ‘Era preciso está vocacionada para fazer rádio, diferentemente de muita gente que entra pela janela, entra por que acha bonito e muitas vezes não possui aquele vozeirão, não tem uma dicção boa, não possui um português qualificado e vai fazer rádio.’ Dizia que fazer rádio, acima de tudo, era uma doação, vocação quase sacerdotal. “A pessoa se entrega para ser porta-voz do povo, os olhos do povo e os ouvidos do povo”, revelava. Esta voz brilhante se calou no último dia 27 de novembro, deixando de luto a radiofonia mossoroense. Seu corpo foi sepultado por parentes e amigos no Cemitério Novo Tempo, nesta cidade de Mossoró.

 
 
 

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