NÃO SE PODE MEDIR SENTIMENTOS.
- Sergio Levy
- 6 de dez. de 2015
- 1 min de leitura

Existe um grande engano na mente de quem acha possível colocar antes de um sentimento algum tipo de medida, peso ou grandeza numérica qualquer. Sentimentos existem ou não em determinados momentos de nossas vidas, estão presentes ou não no coração e mente de nós humanos, sem escalas, sem porcentagens, mas completos, intensos e reais. Quando se tem rancor ou ódio por alguém, por exemplo, não se tem pouco ou muito. Os efeitos negativos da presença já bastam para frutificar todos os seus males, independente de um pensamento enganoso de que é apenas um pequeno rancor, ou um ódio passageiro. Da mesma forma, pelo lado do bem, quem ama ou admira, não pode limitar o sentimento para diminuir suas responsabilidades e intenções. Não se ama pouquinho, ou admira com ressalvas. O amor é por si só explicativo, assim como a admiração é um pensamento concreto. Quando se ama de verdade abre-se um portal de conexão esplendoroso entre aquele que sente e o seu foco. Sensações suaves e delicadas povoam a mente e recheiam o coração de virtudes e compreensões que vão muito além do que podemos imaginar. Quando admiramos algo ou alguém, desejamos obter daquela fonte tudo o mais que for possível aprender, conhecer, desfrutar. Não odiamos, nem amamos, muito ou pouco. Simplesmente odiamos ou amamos. Simplesmente optamos em caminhar para a virtude ou para a depressão. Simplesmente nos mostramos ser o que somos, humanos capazes de elevar ou rebaixar nossos sentimentos ao nosso bel prazer, acreditando erroneamente que podemos nos desligar dos bons pensamentos e sentimentos apenas por sermos não tão maus, mas apenas pouco bons.
Commenti