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DA LAMPARINA À TV.

  • Poeta Antonio Francisco
  • 5 de dez. de 2015
  • 1 min de leitura

Enquanto o sapo cantava Na beira do cacimbão Titia estava embaixo Da chama do lampião Lendo pra nós o cordel Juvenal e o dragão.

E toda noite era assim: A cena se repetia Entre as patas do cavalo Do vaqueiro Zé Garcia Ou entre os segredos de Coco Verde e Melancia.

Nosso cachimbo secou, Sem água o sapo correu, O lampião se apagou No sopro que a lâmpada deu Titia também se foi Mais o cordel não morreu.

Ficou um tempo escondido Talvez numa academia Malhando seu português A sua filosofia Para correr ombro a ombro Com a tecnologia.

E está aonde merece Do litoral ao sertão, Nas manchetes de jornais, No rádio e televisão, Na sala da faculdade E na boca do povão.

E como bom nordestino Ele está em todo canto Do Brasil de norte a sul Esperando nun recanto Só uma oportunidade Para mostrar seu encanto.

Quem viu o cordel um dia Aparentemente bobo Jamais pensaria de Vê-lo gritar como um lobo Toda boquinha da noite Na tela da rede globo.

Subiu e subiu com ele Sertão, serrote e campina, A bela xilogravura Pegada em sua botina Dando mais brilho ao orgulho Da cultura nordestina.

Mas mesmo assim continua Humilde, simples e feliz. Tanto faz brilhar no campo Como na ponta do giz, Mudou de cara e de cor Mas não mexeu na raiz.

E vai sim, continuar Plantando em solo fecundo Seus versos metrificados A cada, cada segundo Até conquistar os povos De toda parte do mundo.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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