JANELA DE VIDRO.
- Islamara Costa
- 3 de dez. de 2015
- 2 min de leitura

Nas idas e vindas da vida encontramos diversos tipos de pessoas. Pessoas rasas, outras profundas. Pessoas com pensamentos, com conceitos e preconceitos, com opiniões, concepções, com certezas e dúvidas, algumas imorais, outras amorais, outras com princípios.... Enfim, o ser humano por si só é uma diversidade... Nos parece que a miscigenação de raças no Brasil apurou ainda mais a situação. Mas em falando em pessoas, tem algumas delas que convivemos que transforma nosso viver mais complexo do que o que deve ser. Há pessoas que por mais que se tente alcançar, nada se consegue, pois elas são simplesmente inalcançáveis. Vivem como ostras e não há quem consiga abri-las. Se enclausuram em um reduto criado por elas e todas as concepções que tiram do mundo e das pessoas é com base apenas em sua visão (que diga-se de passagem, é muito medíocre).
MUITAS VEZES, O SUJO ESTÁ EM NÓS MESMOS – Em algumas situações que me deparo, lembro-me da história da janela de vidro, vocês conhecem? Reza a lenda, que determinada mulher todos os dias ia a sua janela, apenas com o intuito de olhar a roupa estendida no varal da vizinha, através da sua janela. Já era um ritual ela olhava de longe e dizia: essa minha vizinha bem que poderia aprender a lavar roupa. Como alguém consegue deixar uma roupa ficar tão encardida desse jeito? Ela chamava a vizinha de relaxada, descuidada e etc e tal. Em um belo dia seu esposo resolve limpar a sua janela (que era de vidro). Na manhã seguinte a mulher vai até a janela fazer a mesma coisa de sempre: olhar o varal da vizinha e qual não foi sua surpresa, ela agora vê as roupas todas limpas e branquinhas. Não se aguentando ela resmunga: a vizinha finalmente criou vergonha na cara, lavou as roupas direito. Seu marido, que todas as manhãs ouvia a sua ladainha lhe disse, não, não foi a vizinha que lavou as roupas direito, eu que que simplesmente lavei nossa janela. O sujo era daqui e não de lá. Na maioria das vezes, o sujo que vemos no outro, está em nós mesmo. Utilizamos de nossas razões e convicções para olhar o varal do vizinho e julgarmos sujos e esquecemos de olhar a nossa janela. O defeito que vemos aparentemente (não temos poder de sondar corações, ainda) no outro, pode está justamente em nós. Que possamos nos desprender de nosso EU julgador e olhar nosso próximo procurando ver o melhor. Às vezes a arrogância, o pedantismo, o orgulho não está no outro, mas em nós mesmos. Nunca julgue alguém por sua aparência. A Humildade não reside no aparente, é algo tão subjetivo e complexo, que o simples fato de alguém afirmar que tem já perdeu. Conheço muita gente alinhada, bem vestida, educada e humilde e o contrário também acontece.
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