TDAH NA ESCOLA.
- Josselene Marques
- 17 de out. de 2015
- 3 min de leitura

Hoje, destacamos, entre os inúmeros desafios enfrentados pelos professores em sala de aula, incluir e ensinar alunos diagnosticados com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), porque é exatamente na escola que este conjunto de sintomas mais se manifesta, afetando não apenas o comportamento, mas também o processo de aprendizagem.
Existem três subtipos de TDAH: 1) Predominantemente hiperativo-impulsivo; 2) Predominantemente desatento; 3) Combinado hiperativo-impulsivo e desatento.
A maioria das crianças tem o tipo combinado de TDAH, o mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados, justamente o que veremos a seguir. O QUE É O TDAH? – É um transtorno de "base orgânica", associado a uma disfunção numa área do córtex cerebral, conhecida como lobo pré-frontal (responsável por planejamento, tomada de decisão, controle inibitório, atenção e memória de trabalho). Esta disfunção provoca distração, agitação/hiperatividade, impulsividade, esquecimento e desorganização. A pessoa com TDAH planeja fazer várias coisas, mas encontra dificuldades em concluí-las, tem mau humor e pensamento negativo, que alteram o funcionamento cognitivo, comprometendo as funções executivas, a linguagem (receptiva e expressiva) e as habilidades motoras, reduzindo consideravelmente a capacidade de aprendizagem.
O PAPEL DO PROFESSOR – No cotidiano e na diversidade da sala de aula, é comum encontrarmos alunos com dificuldade em manter a concentração, com comportamento agitado/agressivo e sem disposição para fazer as atividades propostas até o final. Embora sejam alguns dos sintomas característicos do TDAH, não devemos, de forma precipitada ‘rotulá-los’ por dois motivos: primeiramente, porque o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar (neurologista, psiquiatra, psicólogo e psicopedagogo) e, segundo, porque, muitas vezes, a forma de agir desses alunos pode estar relacionada ao ‘tratamento’ recebido em casa, na sua interação com os pais e parentes. Lembremos que o diagnóstico não cabe aos professores. Estes devem se limitar a descrever o comportamento e o rendimento do aluno, o que já será uma grande contribuição. Na qualidade de grande observador do comportamento de seus alunos, o professor deve ficar atento aos comportamentos atípicos, pois ajudará a identificar precocemente os sintomas e encaminhá-los, o mais rápido possível, para a avaliação médica. Em alguns casos, trata-se apenas de falta de imposição de limites e/ou deseducação mesmo. Já no TDAH esses sintomas são bem mais intensos e independem da vontade daqueles que nasceram com este distúrbio. Por isso, para fazer um diagnóstico seguro, exige-se que sejam excluídas outras causas capazes de ocasionar essas características.
O professor que ensina a alunos que apresentam TDAH precisa adaptar seu processo de ensino de forma que atenda às necessidades dos mesmos. Deve ser flexível e dinâmico em suas aulas, utilizando uma metodologia que facilite a aprendizagem dos alunos através de adequações curriculares, técnicas e estratégias pedagógicas específicas.
A Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) sugere algumas estratégias pedagógicas para alunos com TDAH. As mesmas estão organizadas desta forma:
I - Para Atenção, Memória Sustentada; II - Tempo e Processamento das Informações; III - Organização e Técnicas de Estudo; IV - Técnicas de Aprendizado e Habilidades Metacognitivas; V - Inibição e Autocontrole.
Para ter acesso às estratégias, clique neste link: http://www.tdah.org.br/br/dicas-sobre-tdah/dicas-para-educadores/item/399-algumas-estrat%C3%A9gias-pedag%C3%B3gicas-para-alunos-com-tdah.html
Com estas informações, sua compreensão da relação entre TDAH e as atuais práticas pedagógicas será ampliada, o que lhe possibilitará uma reflexão sobre necessidade de adquirir mais conhecimentos sobre este transtorno e os limites e os desafios que o professor, os demais integrantes da escola e a família precisam ter para ajudar na inclusão e na aprendizagem desses alunos. Eu lhe desejo êxito, caro (a) colega!
Mais informações: http://www.plenamente.com.br/artigo/165/dicas-para-professor-lidar-com-criancas.php#.ViJPGdKrSM- Download das cartilhas da ABDA: http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/cartilhas-sobre-tdah.html
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