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QUER AJUDA? PEÇA.

  • Islamara Costa
  • 1 de out. de 2015
  • 3 min de leitura

A vida é mesmo um eterno aprendizado. Decerto que às vezes até penso: nem tem para que tanta lição na vida, não é mesmo? A gente tem que aprender tanto para quê? Mas não tem como fugir de certas coisas, então, o melhor é deixar a vida fluir e extrair dela seus ensinamentos. Há, e sempre haverá, acontecimentos que nos deixarão lições, aprendizados e, se nos permitirmos, uma maior humanização. Recentemente, uma situação que envolveu minha estagiária mexeu muito comigo. Irritei-me com uma atitude dela e fui bastante dura. Não medi palavras e nem esforços para mostrar que temos que ter humildade para pedir ajuda se dela estamos necessitando. Tentei mostrar-lhe que as pessoas não são obrigadas e nem tem poder de adivinhar nossos problemas, nossas dores, nossos sentimentos. Ocorre que, depois da lição repassada, fiquei a pensar sobre o motivo de aquilo ter mexido tanto comigo. Cheguei a conclusão de que a minha insatisfação era porque a atitude dela refletia exatamente a minha em tempos passados. Percebi o quanto agi daquela forma e quanto eu posso ter magoado pessoas queridas, mas cega por meu egoísmo não me dava conta. Para uma melhor compreensão, houve época em minha vida que havia uma necessidade gritante dentro de mim. Tudo o que eu queria era alguém para me estender a mão e me ajudar. Sentia-me a pior das criaturas e olhava para as pessoas como se elas tivessem obrigação de perceber, sentir a minha dor. Envolvia-me em meu mundo e em meus problemas, achando-me vítima das pessoas e da vida. A autopiedade me atormentava e fazia de mim alguém egoísta e ingrata. Pensava que ninguém se importava comigo, que ninguém dava mínima para o que eu sentia.


SEM ORGULHO, SEM ARROGÂNCIA – Fui descobrindo na dor que ninguém na face da terra poderia fazer por minha pessoa aquilo que apenas a mim competia. A vida era minha, os problemas meus, os sentimentos eu que sentia. Como poderia existir um pensamento tão medíocre, de que os outros eram os responsáveis por minhas mazelas? Se eu que sentia a dor, não fazia nada para aliviá-la, como alguém poderia fazer? Se a incapacidade de lidar com a vida e com os obstáculos impostos por ela era minha, como eu podia culpar tanto os outros? Tudo bem que eu continuo pensando na necessidade de sermos sensíveis e de tentar ver além do aparente. Entendo a necessidade de se buscar enxergar a alma e a essência, em vez de nos conformar apenas com a aparência. Entretanto, se quem me via não tinha essa capacidade, custava eu gritar e dizer que eu precisava de ajuda? E se eu não pedia essa ajuda, poderia eu responsabilizar os outros por não me ajudar? Aos poucos eu fui percebendo que havia muito mais pessoas com as mãos dispostas a serem estendidas, do que eu realmente imaginava. Aos poucos fui vendo que sempre existem as mãos divinas que se estendem quando precisamos, sempre existe um ombro amigo que nos é ofertado. Às vezes essas mãos são de pessoas que nunca esperamos. Acontece que, para que as ajudas venham, é necessário abrir mão da autossuficiência, do orgulho, da arrogância. As pessoas não são obrigadas e nem tem o poder para adivinhar àquilo que precisamos.

GRITAR QUANDO É PRECISO – Sei que nem sempre é fácil buscar ajuda. Sei que esse tipo de coisa mexe com nosso ego, com nossa vaidade. Na verdade, bom seria que as pessoas olhassem nos nossos olhos e percebessem a dor interna que existe em nós, mas isso não acontece. Assim, a vida que é uma grande escola, trata de nos ir mostrando o quanto temos que aprender a aprender. Ela vem e nos faz perceber, as vezes com muitas dores, o quanto tudo é 'mediocremente pequeno' e insignificante, para perdermos tempo pensando que somos melhor que o próximo. Já chorei muitas madrugadas sozinha, já gemi muitas dores desconhecidas pelos que me rodeavam e talvez ainda vá gemer tantas outras, mas certo é que hoje eu aprendi a SOCIALIZAR melhor e pedir socorro quando necessito de um ombro. Aprendi a gritar quando preciso, a não me ofender quando por ventura venha pedir ajuda e esta ser negada. Compreendo que às vezes a dor de quem me fechou a porta pode estar maior que a minha e isso tenha sido o motivo da recusa. Percebi na caminhada, que orgulho, soberba e altivez são degraus que levam a bancarrota e que, para receber ajuda, devemos antes de qualquer coisa ter humildade para buscar ou no mínimo para receber.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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