UM DIPLOMATA DA CULTURA.

ANTONIO GONZAGA CHIMBINHO (IN MEMORIAM)

Professor, empresário e político, Gonzaga Chimbinho nasceu no município de Assu/RN, em 16 de janeiro de 1947, filho de Francisco Pedro Chimbinho e Rosa Gonzaga Chimbinho. Aos 14 anos, teve sua primeira experiência profissional em uma sorveteria do casal amigo Tarcísio e Terezinha. Seus estudos foram cursados no Instituto Padre Ibiapina e, posteriormente, fez o Curso Ginasial no Colégio Estadual Presidente JK. Em 1967, passou a residir em Natal, onde finalizou o Curso Colegial, trabalhando na Livraria Universitária. Em Mossoró chegou em 1971, onde gerenciou a Livraria Abolição, do grupo empresarial J. Pereira & Cia. Dois anos depois, casou com Jandira Capistrano Gonzaga Chimbinho, união na qual nasceram três filhos: Tiago Capistrano Gonzaga (1974), Tasla Capistrano Gonzaga (1977) e Taísa Capistrano Gonzaga (1980). Inaugurou em 1976 a Livraria Independência, para a qual se dedicou com intensidade, a transformando-a na principal empresa do setor na cidade. Foi professor da então Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN), hoje UERN, a presidindo no período de setembro de 1989 a setembro de 1993, tendo como vice-reitora Maria das Neves Gurgel de Oliveira Castro. Foi no final de sua gestão que a UERN conquistou o reconhecimento pelo Conselho Federal de Educação (CFE/MEC). Durante 12 anos, exerceu a função de presidente da Fundação Municipal de Cultura do município de Mossoró, nas gestões das Prefeitas Rosalba Ciarlini Rosado e Maria de Fátima Rosado Nogueira. No cargo, o professor Gonzaga Chimbinho prestou relevantes serviços à cultura da terra de Santa Luzia, criando o tradicional “Mossoró Cidade Junina” e o “Auto da Liberdade”. Em 2014 Chimbinho foi homenageado pela Prefeitura de Mossoró por ter sido um dos maiores incentivadores da cultura local. O trecho da Avenida Rio Branco que abriga parte dos equipamentos culturais, palco dos principais eventos artísticos da cidade, recebeu o nome de ‘Corredor Cultural Gonzaga Chimbinho’. “Nada mais apropriado que fazermos essa homenagem dentro da programação da Festa da Liberdade. Gonzaga Chimbinho prestou muitos serviços à sociedade mossoroense, e, é justo que sua memória seja eternizada através dessa homenagem”, declarou na época a secretária da Cultura Isolda Dantas.

UMA TRAJETÓRIA DE VIDA RECONHECIDA – Ao longo da vida, o Professor Gonzaga Chimbinho recebeu diversas homenagens e títulos, como o de Licenciado no Curso de História na FURRN, em 18/12/1976; Curso de Especialização para Docentes do Ensino Superior na Área de Sociologia (MEC/DAU/CAPES/FURRN); Diploma de Consagração Pública ao Proprietário da Livraria Independência por haver se classificado em primeiro lugar numa pesquisa sobre preferência e simpatia pública, através da ENAPP; Diploma de Honra ao Mérito concedido pelo Centro Cívico José de Arimateia Leite. Foi ainda homenageado com: o Título de Honra ao Mérito concedido pelo jornal “O Comerciário”, na festa do quarto aniversário de sua fundação; Título de Honra ao Mérito, na celebração dos trinta e sete anos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; Medalha de Honra ao Mérito Presidente Café Filho, conferido pelo tradicional baile da Sociedade Brasileira; Título de Sócio Honorário, conferido pelo Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à cultura mossoroense; Título de Honra ao Mérito reconhecido através da Companhia Escarcéu de Teatro, em decorrência dos serviços prestados à arte e à cultura locais, entre outros muitos. Faleceu no dia 02 de março de 2013, no Hospital Natal Center, onde se encontrava internado há vários dias e após cinco anos enfrentando o câncer. Foi velado por familiares e amigos no Teatro Municipal Dix-huit Rosado e sobre seu caixão estava a bandeira do município de Mossoró. Discursaram autoridades como Padre Sátiro Cavalcante Dantas, Pastor Anselmo, a governadora Rosalba Ciarlini, o então Reitor da UERN, Dr. Milton Marques e a então prefeita de Mossoró, Cláudia Regina. Em seu blog, o jornalista Carlos Santos se referiu a ele como um “Homem de perfil moderado, diplomático e de fino trato interpessoal, deixa um leque de amigos e admiradores.”