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AGORA, LOUVANDO AO SENHOR.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 27 de set. de 2015
  • 5 min de leitura

FRANCISCO XAVIER DE ARAÚJO

O cantor, compositor e tecladista Xavier Araújo, que até 2014 havia gravado seis CD’s e um DVD, já não canta Forró, estilo que o consagrou na música e lhe rendeu fama e muitos shows durante 16 anos, desde que fez sucesso com ‘Como Te Quero’, de autoria de Gildázio Gurgel, faixa do primeiro CD intitulado ‘Forrozeiro Apaixonado’. Seu estilo agora é Gospel, tendo lançado no mês passado o CD ‘Louvando ao Senhor’, com ótima repercussão no mundo evangélico. “Em Cristo, a alegria é espontânea, tornando-se desnecessário qualquer outro prazer que não seja direcionado ao seu louvor”, garante. Filho único do casal de agricultores aposentados Manoel Xavier Neto e Maria das Dores de Araújo, nasceu em Carnaubais no dia 11 de janeiro de 1965. Quando tinha apenas três anos seus pais se separaram, e com seus novos relacionamentos, Xavier ganhou quatro irmãos por parte do pai e dois por parte da mãe, que mantêm ótima convivência, admiração e respeito recíprocos. Sua infância foi no distrito de Logradouro, na época pertencente à Carnaubais e hoje à Porto do Mangue, onde a agricultura e a pesca são as principais atividades econômicas. Por lá estudou até a quinta série e deu também os primeiros passos na 'escola da música'. Sua brincadeira principal era tocar zabumba no trio Pé de Serra de Zé Passarinho, que tocava Sanfona, enquanto Dário ficava no triângulo. “Tocávamos por ali mesmo, apenas para animar as cachaças dos amigos”, conta.

A MÚSICA TOMOU CONTA DE SEU SER – Em 1978, para continuar os estudos, veio morar com o pai em Mossoró, no bairro Santo Antônio. Quando chegou, já não encontrou matrícula nas escolas municipais, restando ao pai lhe colocar na Casa do Menor, no bairro Abolição, destinada à crianças que não tinham com quem ficar por não ter o pai ou a mãe. Por lá ficava o dia inteiro, em dois anos importantes de sua formação. Foi onde despertou a arte de cantar. “Em um festival da Semana da Criança cantei ‘Eu sou do Banco’, de Luiz Gonzaga, e fiquei em segundo lugar, ganhando uma bola. Aquele foi um grande estimulo para mim”, relembra Xavier Araújo. Dois anos depois, a mãe foi morar em Macau e ele voltou a conviver com ela. Naquela cidade fez mais três anos de estudos, mesmo com a prioridade em sua cabeça já sendo a música. Montou um conjunto de lata no colégio e fez sua estreia solo no palco em um festival organizado pela Prefeitura, onde cantou ‘Um Raio Laser’, de Pepeu Gomes. Também participou pela primeira vez do famoso concurso da rádio Rural de Mossoró ‘A Mais Bela Voz’. “A música já era minha vida, me sentia um profissional e por causa dela decidi voltar para Mossoró”, revela. Chegando a Capital do Oeste, trabalhou em alguns segmentos que não eram sua praia. Durante um mês recebeu todo o treinamento da empresa Só Livros, ficando apto a iniciar seu trabalho de porta em porta. “Durante três meses não consegui vender um único livro. Definitivamente vender não era minha arte”, diz. Também trabalhou de cobrador para empresa Imagem e Som, onde fazia seu serviço em cima de uma bicicleta. Na Só Molduras, na tarefa de fazer molduras de quadros, encontrou no proprietário Heronildes um grande incentivador para desenvolver seu verdadeiro talento, ao vê-lo sempre tocando em alguma coisa e cantando. “Foi onde aconteceu a guinada em minha vida”, explica Xavier.

ORLANDO PEREZ, OS CIRCOS E À NOITE – Conheceu Horlando Perez, nome já reconhecido no estado e com um disco gravado, coisa difícil naqueles primeiros anos da década de oitenta. Com ele, Xavier Araújo passou a se apresentar nos circos, tocando e cantando, preparando o público para apresentação do cantor famoso. Através de Horlando, participou de concursos como Revelação do Oeste, do programa de J. Belmont na rádio Difusora, A Mais Bela Voz e o Festival de Cantores e Compositores, ambos da rádio Rural. Ainda trabalhando na Só Molduras, aceitou ser assistente do programa Clube dos Cafonas que Horlando foi fazer na Difusora, entre 12:30 e 14:30h. Para compensar as horas de trabalho que não dava, mandava todo dia um alô para Heronildes, que ficava por demais satisfeito em ver seu funcionário envolvido na atividade que amava. O sucesso levou a dupla para a rádio Libertadora, em um programa noturno, o que deu a Xavier Araújo a possibilidade de trabalhar como operador de áudio durante o dia, atividade que exerceu durante oito anos nesta emissora. Foi somente em 1986 que começou a trilhar seus próprios caminhos na música. Havia estudado teclado durante um ano no Conservatório de Música da UERN, e isso o ajudou a encarar os bares e casas noturnas da cidade, além de muitas apresentações em cidades vizinhas. Em 1992, deixou definitivamente o emprego na rádio para se dedicar de forma exclusiva à música. Fazia shows fora do estado e pôde se estabilizar financeiramente, apesar de ter poucos horários para dormir.

DO FORRÓ AO GOSPEL – Até então cantor de MPB, estilo romântico, Xavier Araújo foi percebendo que o forró ganhava cada vez mais espaço na preferência do público. Inspirado no lançamento de Frank Aguiar, que já estava estourado nas rádios, começou a trabalhar para gravar seu primeiro CD neste ritmo. Com a ajuda dos amigos e dos familiares, lançou Forrozeiro Apaixonado que o projetou definitivamente no mundo artístico. A partir de 2000, com a atuação do até hoje empresário Tácio Garcia, teve um trajetória de muito sucesso e reconhecimento. Foram mais cinco CD’s, com destaque para a gravação ao vivo do segundo durante os shows no Mossoró Cidade Junina, Ôba Show e Asfarn. Gravou ainda em 2005, 2007, 2009 e 2014, e dividiu o palco com estrelas como Fagner, Chiclete com Banana, Aviões do Forró, Calcinha Preta, Waldones, Sirano e Sirino, entre outros. Quando ainda trabalhava na Libertadora, conheceu Jussara de Paula, ao recebe-la em um dia em que foi levar uma encomenda ao locutor Martins Coelho. Com ela fez amizade que se transformou em negócio ao passar a tocar aos sábados na Pousada Iliane, de propriedade da mãe dela, no conjunto Planalto 13 de Maio. A amizade se transformou em casamento em 1995, relação da qual nasceram Alyne Paula, estudante de Letras, e Alice Vivianne, do Pequeno Príncipe. Quando se conheceram, Jussara era evangélica, e para acompanhar Xavier, decidiu deixar a igreja. Em 2013, no entanto, ao voltar a frequentar a 1ª Igreja Batista, conseguiu, aos poucos, inserir suas filhas e o esposo na crença em nosso Senhor, transformando não só a fé como também a carreira musical do artista. “Agradeço muito por tudo que conquistei durante minha carreira de muito esforço e dedicação, mas agora este tempo ficou para trás. Sempre pedi a Deus que me desse o suficiente para poder viver, e agora peço a Ele diretamente, utilizando meu trabalho para o louvar”, explica Xavier. Em agosto de 2014, aceitou sua nova missão, até que em junho deste ano encerou seu programa Forrozada da Nossa Terra, que mantinha há sete anos na 98FM, e lançou em agosto o seu primeiro CD evangélico. “O mais difícil foi contar esta virada para meu empresário. Passei três meses sem ir ao seu encontro com medo de sua reação. Mas quando fui, ouvi de Tácio Garcia que 'O mesmo Deus que havia o ajudado até então, iria também me ajudar neste novo caminho.' Ficamos emocionados juntos, e na certeza de que Deus iluminará novamente os nossos passos”, contou. Da mesma forma aconteceu com o diretor da rádio 98FM, Ugmar Nogueira, que concedeu o horário das 22 às 24h, de segunda a sexta, para Xavier fazer seu novo programa, Louvando ao Senhor, que já é um grande sucesso de audiência. “É um horário onde as pessoas podem estar tristes, sozinhas, desesperanças diante de tantos problemas atuais como droga e depressão. Estamos com ele conseguindo levar conforto, e isto não tem preço”, finaliza Xavier Araújo, no seu novo estilo de vida.


 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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