IDEIAS, AÇÃO E DETERMINAÇÃO.

MARCOS VINICIUS DA SILVA COSTA

O filho do mestre de obra José Julê Rafael da Costa e da dona de casa Leomar Fernandes da Silva não quer ser apenas mais um rosto na multidão. Ele quer muito mais, quer mudar o mundo. E quem sabe conseguirá, pois tem o que muitos não conseguem ter: ação e determinação. Marcos Costa nasceu em 07 de janeiro de 1993, em Mossoró, e tem um irmão mais novo, Marcos Sávio da Silva Costa, estudante de usinagem no SENAI. Antes dos quatro anos de idade, morou nos bairros Planalto e Nova Vida. A partir daí o pai construiu sua própria casa no Alto do Sumaré, onde toda a família mora até hoje. Marcos, o Vinicius, estudou na Escola Municipal Paulo Cavalcante de Moura e na Escola Estadual João Paulo II, terminando o ensino fundamental na Escola Estadual Maria Stella Costa, no Liberdade I. Seu ensino médio foi no IFRN, integrado ao curso técnico de Eletrotécnica. Em 2013, passou no vestibular de Direito, na UERN.

FÉ E MILITÂNCIA ESTUDANTIL – Menino sempre bem comportado, educado, idealista, de temperamento dócil, Marcos conheceu aos 14 anos, e de livre e espontânea vontade, a igreja Batista do Sumaré. Tem em sua fé a base para seus conceitos de mundo e sonhos de vida. “Nosso interior possui um vazio que só Deus pode preencher”, descreve, citando uma passagem bíblica da qual gosta de lembrar: ‘Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão. –Deuteronômio32:39. Marcos nunca bebeu, namorou poucas vezes, se apaixonou por duas oportunidades, mas, segundo ele, sem maiores resultados. O que gosta mesmo é de organizar os estudantes em busca de melhorias, seja para a educação, seja para a sociedade. Isto desde o ensino fundamental, quando no 6º ano criou e presidiu o Grêmio Estudantil do Paulo Cavalcante. “Organizar as reivindicações e lutar pela sua concretização sempre estiveram presentes na raiz de minha alma”, comenta. Ao entrar na universidade, em maio de 2013, logo se deparou com os famosos protestos que levaram milhões de brasileiros às ruas. Neste tempo conheceu em Mossoró o Movimento Pau de Arara, que defende a melhoria da mobilidade urbana da cidade e tem até página em rede social. Marcos logo disse: tô dentro! Também participa do projeto de extensão da faculdade de Direito denominado Sertão, que visa contribuir na educação popular e no assessoramento jurídico aos movimentos sociais. Atualmente é membro do Centro Acadêmico de Direito e colaborador nas atividades do Diretório Central dos Estudantes. Sobre a greve na UERN que já ultrapassa os 110 dias, Marcos se diz otimista nas conversas que estão sendo desenvolvidas pelas lideranças do movimento. “A luta dos estudantes está interligada as dos professores e servidores, daí não podermos arrefecer diante das melhorias já alcançadas, mas devemos nos mobilizar ainda mais, para que nossas conquistas sejam por completo através do atendimento de todas as pautas”, descreve o militante.

ASSOCIAÇÃO DE EVANGÉLICOS – Apesar de toda uma agenda de estudos, reivindicações e lutas, Marcos tenta concretizar um projeto de sua própria iniciativa dentro do mundo evangélico do estado do RN. Trata-se de uma associação Interdenominacional para fins conjuntos das várias denominações evangélicas. Entre os objetivos estariam a promoção de ações filantrópicas, a defesa dos direitos humanos e da fé frente à sociedade, além de reivindicar os legítimos interesses das igrejas junto ao poder público. Segundo Marcos, outras finalidades da associação estão sendo elaboradas junto ao povo de Deus. “Esses novos pontos estão sendo sedimentados. A ideia inicial era somente com o intuito de ações sociais, mas nosso raio de atuação foi sendo expandido de acordo com a evolução das conversas junto aos diversos pastores”, explica. A ideia de associação conta com várias e crescentes adesões, já desponta como uma das principais entidades evangélicas do estado e especialmente de Mossoró. Para ele, a entidade viria preencher uma necessidade prática dos ensinamentos bíblicos de uma forma mais ampla, eficiente e concreta, pois a Associação de Evangélicos criaria um ambiente para projetos com maior abrangência, como campanhas filantrópicas e a defesa dos direitos humanos. “Cada igreja já possui suas ações sociais, no entanto, o grupo que está se formando pretende expandir e intensificar as ações, levando a palavra de Deus de forma que se efetive, junto a ela, a luta dos Direitos Humanos”, conclui o otimista Marcos.