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INDEPENDÊNCIA: QUAL VERSÃO VOCÊ PREFERE?

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 7 de set. de 2015
  • 6 min de leitura

BRASIL

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal, como foi o caso de Tiradentes, executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país durante o processo da Inconfidência Mineira (ver texto abaixo). Na versão oficial, utilizada nos livros das escolas, a Independência do Brasil é contada de forma bem comportada e conivente com a forma de pensar dos poderosos de plantão, sempre buscando alienar a população, a acomodando a aceitar tudo que venha de cima para baixo. Segundo ela, em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico." Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o "Cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.


ÀS MARGEM DO IPIRANGA – Para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimentos, o príncipe fez uma rápida viagem a Minas Gerais e São Paulo, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole. Estas notícias chegaram a D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo, próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou: " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil. Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi quem mais se beneficiou.

NAPOLEÃO E A INDEPENDÊNCIA – O professor Yuri Almeida, no entanto, conta esta história de outra forma. Para ele, D. Pedro I nunca foi herói e não há nada de bonitinho em nossa história. A Independência do Brasil significou que o Brasil deixou de ser uma colônia portuguesa, tornando um Estado Nacional, mas foi um processo que não ocorreu na estrutura da sociedade e se deu pelos interesses dos latifundiários, da burguesia inglesa e da classe média. O regente de Portugal era o príncipe D. João. Na época, Napoleão Bonaparte, da França, tinha decretado o Bloqueio Continental, proibindo as nações europeias de comercializar com a Inglaterra. Mas D. João continuou tendo relações comerciais com os ingleses. Por isso, Napoleão invadiu Portugal. Foi daí que a família real e quinze mil nobres portugueses fugiram para o Brasil, apoiados pela esquadra inglesa em 1808. Esse apoio inglês teria algo em troca. Por isso D. João decretou a ‘abertura dos portos as nações amigas’, autorizando a Inglaterra a manter negócios comerciais com o Brasil. Era a queda do Pacto Colonial. Aqui começa o processo de independência política, pois já havia sido iniciado na economia. D. João assinou com a Inglaterra os TRATADOS DE 1810, acertando que, os produtos importados ingleses teriam uma taxa alfandegária de 15%. Outros países pagariam 24% e importações de Portugal 16%. A Inglaterra passava a ter mais vantagens que Portugal. Ele permitiu manufaturas no Brasil, mas elas não cresceram devido à concorrência com produtos ingleses. Em 1815, Napoleão estava derrotado, mas D. João não voltou para Portugal e ainda decretou que a colônia passava a ser REINO UNIDO A PORTUGAL E ALGARVES. A capital do novo reino não era o Porto nem Lisboa, e sim, o Rio de Janeiro. O Brasil deixava de ser uma colônia oficialmente e passava a ser uma quase metrópole e Portugal era praticamente ajustada á condição de colônia.



REVOLTAS E O DIA DO FICO – Em Pernambuco houve revolta devido os altos impostos, com o comércio nas mãos de comerciantes portugueses, mal vistos pelos brasileiros. Diante das ideias revolucionárias, o governador ordenou prisões, mas um capitão reagiu e matou seu comandante. Por isso, um coronel foi enviado para prendê-lo, mas soldados não aceitaram essa prisão e o executaram. As ruas foram tomadas pela multidão e os comerciantes portugueses tiveram que fugir. Por 10 semanas, Pernambuco foi um país independente do Brasil. Inclusive trocaram o pão e o vinho português por mandioca e cachaça. D. João VI, já como rei, enviou tropas a Pernambuco e derrotou os rebeldes. Muitos foram enforcados e chicoteados em praça pública. Em Portugal também eclodiu a Revolução do Porto. A burguesia estava no poder e não aceitaram a liberdade econômica do Brasil. Queriam também a volta do rei D. João VI ou separariam do Brasil. Os portugueses queriam que o Brasil voltasse a ser uma colônia de exploração. Para não perder o posto de rei, D. João VI voltou a Portugal, deixando seu filho D. Pedro como príncipe regente. A situação política no Brasil então ficou tensa, pois muitos não queriam que o Brasil voltasse a ser uma colônia portuguesa. Surgiu então dois partidos políticos: o Partido Português e o Partido Brasileiro. O Partido Português queria a recolonização do Brasil. Era formado por militares, altos funcionários públicos e antigos comerciantes que eram beneficiados pela administração portuguesa. O Brasileiro queria a independência do Brasil. Era formado por fazendeiros, comerciantes que desejavam comerciar com a Inglaterra e a classe média. Eles queriam a independência, mas temiam que essa fosse feita pelas armas e revolta popular, pois D. Pedro tinha seu exército. É bom salientar que, em todos os processos de independência na América houve luta armada. Por isso, aproximaram-se de D. Pedro para que ele fizesse a independência sem a participação popular. Em troca, ele não seria retirado do poder e se tornaria imperador do Brasil. Com esta situação, D. João VI ordenou a volta de D. Pedro a Portugal. O partido Brasileiro reagiu e conseguiu oito mil assinaturas pedindo que D. Pedro ficasse. Esse episódio ficou conhecido como o DIA DO FICO e D. Pedro concordou aceitando a proposta.Tropas foram enviadas de Portugal, mas logo desistiram de rebelar contra o Brasil.Em 1822, D. Pedro anunciou eleições para uma Assembleia Constituinte, que formaria a primeira Constituição do Brasil. No mesmo ano ele proclamou a independência. Para D. João aceitar a nova situação política, o Brasil teve que pagar dois milhões de libras esterlinas para Portugal como indenização e, só então, o filho foi coroado D. Pedro I, o primeiro governante do novo Estado Nacional chamado Brasil, única monarquia das Américas. Este dinheiro foi emprestado pela Inglaterra, nascendo aí uma dívida que trouxe sérios problemas decorrentes do imperialismo britânico.



TIRADENTES JÁ HAVIA TENTADO ANTES – Líder da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, ou simplesmente Tiradentes, nasceu na Vila de São Jose Del Rei (hoje cidade de Tiradentes/MG) em 1746, porém foi criado na cidade de Vila Rica (Ouro Preto). Foi minerador, tropeiro e também alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais. Junto com vários integrantes da aristocracia mineira, entre eles poetas e advogados, começou a fazer parte do movimento dos inconfidentes mineiros, cujo objetivo principal era conquistar a Independência do Brasil. Tiradentes era um excelente comunicador e orador. Sua capacidade de organização e liderança fez com que fosse o escolhido para liderar a Inconfidência Mineira. Em 1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis, o movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais. Os inconfidentes foram julgados em 1792. Alguns filhos da aristocracia ganharam penas mais brandas como, por exemplo, o açoite em praça pública ou o degredo. Tiradentes, com poucas influências econômicas e políticas, foi condenado à forca e executado em 21 de abril de 1792. Partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua casa foi queimada e seus bens confiscados. Tiradentes é considerado um herói nacional. Lutou pela independência do Brasil, num período em que nosso país sofria o domínio e a exploração de Portugal. O Brasil não tinha uma constituição, direitos de desenvolver indústrias em seu território e o povo sofria com os altos impostos cobrados pela metrópole. Nas regiões mineradoras, o quinto (imposto pago sobre o ouro) e a derrama causavam revolta na população. O movimento da Inconfidência Mineira, liderado por Tiradentes, pretendia transformar o Brasil numa república independente de Portugal. Fonte: www.suapesquisa.com/tiradentes

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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