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HOJE É DIA DE SÊBADO.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 22 de ago. de 2015
  • 3 min de leitura

MARCOS PEREIRA DE ALMEIDA


Marcos do Sêbado, como ficou conhecido a partir de 2005, quando criou o tradicional sábado cultural em sua própria casa, atraindo intelectuais e militantes da arte de Mossoró, nasceu nesta cidade em 08 de julho de 1952, filho de João Batista de Almeida e Francisca Pereira de Almeida. Ele, um cambista de jogo do bicho, aposentado como ex-combatente. Ela, uma dona de casa que se empenhava em cuidar bem dos seus quatro filhos: Manoel Gilsou, formado em Letras e professor da UERN; Marcos; Carlos Alberto, Matemático aposentado como professor; e Maria Margareth, formada em Letras e escritora, aposentada como funcionária pública. “Meu pai, conhecido por João Agostinho passou anos tirando lenha do mato no Riacho Grande para vender em Mossoró. Sua vida foi sempre de muito sacrifício e dedicação para família”, resume Marcos.

Durante toda infância e juventude passou na Rua Joaquim Nabuco, próximo à igreja do Alto da Conceição, que frequentou bastante por incentivo de sua avó, Francisca Pereira de Castro, cozinheira do convento dos Franciscanos que ali existia. Anos depois, nesta mesma igreja, pôde criar ao lado da esposa e da amiga Marilene Miranda, que também incentivavam outras atividades culturais, os corais de criança, jovens e de adultos que abrilhantavam os atos religiosos com muita alegria e fé. “O dos jovens era denominado JUPAM, e chegou a ter mais de 200 componentes”, lembra o ‘Papai Jupam’, como muitos o chamavam.


O CAMINHO PROFISSIONAL – Marcos sempre estudou em escolas públicas. Primeiro na estadual Estevam Dantas, em seguida no Estadual, e quando serviu a Aeronáutica, em Parnamirim, concluiu o ensino fundamental na escola Augusto Severo. “O serviço militar só reforçou a minha disciplina, o respeito e atenção que devemos ter pelo próximo, atitudes que meu pai já me ensinará”, ressalta.

Ao retornar à Mossoró, fez as provas do supletivo e foi aprovado em Odontologia na UFRN, um dos mais cobiçados cursos na época. Credita sua aprovação pelo fato de sempre ter tido o hábito da leitura. Mesmo quando serviu, vivia com um livro de debaixo do braço. “A leitura me possibilitou adquirir uma profissão digna e que me deu muita satisfação. Foram 34 anos com consultório, inicialmente em Natal, e por muitos anos na clínica de Dra. Gagaça Lopes, em Mossoró”, conta.

Nesta época, já estava casado com Socorro Pereira de Almeida, professora, formada em Letras, com quem teve quatro filhos: Marcos Junior, empresário; Marcio Rodrigo, advogado; Marcelo Vitor, engenheiro civil; e Marina Nicole, estudante de engenharia de produção. Sempre foi atuante das lutas políticas da sociedade, seja como professor, seja como dentista, ativista e combatente das causas sociais e em defesa das categorias.

Em 1982, participou de um projeto chamado Abolição, onde pôde atuar nas áreas rurais de Mossoró levando a odontologia para quem não tinha acesso. No ano seguinte, já no governo de José Agripino, e com a ex-governadora Vilma Faria como Secretária de Trabalho e Bem-estar Social, foi convidado para coordenar o escritório regional da cidade. “Devido picuinhas, tão comuns em nossa política, sempre envolvendo interesses mesquinhos em detrimento do interesse coletivo, meus projetos no setor público foram sendo inviabilizados”, explica.

Mesmo quando assumiu a coordenação do projeto Crescer, de habitação popular, sofreu com a mesma pratica que afasta o cidadão de bem da ação de servir a coletividade. “Enquanto a política servir para a politicagem, nosso país continuará a se ver entregue ao descaso, a desonestidade, a prevaricação generalizada”, resume Marcos.

A ATIVIDADE CULTURAL – Apaixonado por todas as atividades que envolva cultura, foi o fundador, em Natal, do Clube Filatélico Universitário que aglutinou muitos dos colecionadores e amantes de selo do estado. Em Mossoró, por três anos, fez parte do Grupo ‘Os Primos do Samba’, fundador do Grupo Geração 60, tocando guitarra por mais de dois anos, e fundador do grupo formado apenas por dentistas ‘BocArte’, que tocava exclusivamente MPB.

Há dez anos, criou o Sêbado, uma combinação do nome Sêbo com o dia da semana onde passou a abrir sua casa para receber os amigos e amantes da boa arte cultural. O empreendimento tem como objetivo incentivar os expoentes da cultura local a produzir e comercializar seus produtos. Hoje, Marcos tem um acervo com cerca de seis mil livros, três mil CD’s, cinco mil LP’s, mil DV’s de filmes e shows e mil revistas em quadrinhos.

“Durante todo este tempo fiz novos amigos, me realizei como cidadão e procurei desenvolver em o gosto pela qualidade, em fazer o melhor, em nos doar pelo bem comum com exemplos que dignifiquem nossos dons em criar conhecimentos”, sintetiza. “Desta forma, o Sêbado acabou impregnado em minha própria personalidade, passando a ser uma das principais razões de minha existência”, conclui.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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