O HOMEM QUE VIU MOSSORÓ CRESCER.
- obomdemossoro
- 4 de ago. de 2015
- 3 min de leitura

ANTONIO DA MOTA NETO
Um dos mais experientes empresários do setor imobiliário de Mossoró, Toinho Pitéu nasceu em Catolé do Rocha/PB em 09 de maio de 1958, nono filho dos doze do casal José Batista da Mota e Maria de Jesus. O pai era um empreendedor nato. Conhecido por Pitéu, referência ao nome da aguardente que produzia naquela região paraibana, também utilizado para batizar sua primeira marca de café, trouxe toda a família para Mossoró no ano de 1960, por já conhecer a força comercial da cidade e vislumbrar o seu desenvolvimento.
“Quando meu pai chegou por aqui, logo comprou um armazém de sal, no bairro Paraíba. Em seguida, soube que o empresário Dix-neuf Rosado estava vendendo o café Kimimo, e como tinha experiência no ramo, também adquiriu esta marca, até hoje uma das líderes de mercado. A ligação entre os nomes Pitéu e Kimimo é tão forte em Mossoró, que muitos ainda pensam ser uma marca de nossa família”, conta Toinho.
A visão de marketing popular e a qualidade do café foram os responsáveis pelo sucesso da marca. “No começo fazíamos a propaganda em uma Rural sonorizada, promovendo vaquejadas por toda a região. Depois vieram o micro-ônibus e o trio elétrico, que por muitos anos serviram a cidade em festas, eventos e campanhas políticas. Em 1996, seu Pitéu vendeu a marca Kimimo para o Grupo Santa Clara, quando ambas disputavam a liderança de mercado no estado.

A HUMANIDADE DE PITÉU – O bloguista José Mendes Pereira assim escreveu sobre seu Pitéu:
“No ramo de torrefação e moagem de café, seu Pitéu foi um dos maiores empresários de Mossoró, e com o seu reconhecido e afamado "Café Kimimo", dominou por mais de 30 anos as regiões adjacentes desta cidade, e também uma boa parte do Rio Grande do Norte. A fábrica funcionava no centro de Mossoró, à Rua Dr. Almeida Castro com a Rua Jerônimo Rosado. Conheci o seu Pitéu através da Lourdes Gadelha, uma jovem com quem estudava e que prestava os seus serviços à empresa. Através dela, aproximei-me do seu Pitéu e até fui beneficiado por ele quando eu era funcionário da Editora Comercial S/A, dando-me serviços gráficos para que eu ganhasse a comissão de 10% que a empresa oferecia a qualquer um funcionário que arranjasse serviços para serem confeccionados na gráfica.
José Batista da Mota, ou seu Pitéu, foi uma figura humana de muita importância no que diz respeito ao desenvolvimento de Mossoró, mantendo a sua torrefação e moagem de café, sempre gerando empregos para os mais humildes da nossa cidade.”
(jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br)

A EXPANSÃO IMOBILIÁRIA DE MOSSORÓ – A infância e juventude de Toinho Pitéu foram enriquecidas por estas experiências do grande negócio comercial da família, desde a produção diária envolvendo dezenas de funcionários até sua própria participação nos eventos que eram patrocinados pela marca. Viveu intensamente todos estes momentos. “Lembro que a fábrica funcionava na comunidade Santa Júlia, onde foi montada uma escola com consultório médico e odontológico com todas as despesas bancadas pela empresa. Até hoje me chegam ex-alunos agradecendo a iniciativa de meu pai”, lembra.
Toinho estudou no Colégio Dom Bosco, em Mossoró, e no CPU e Atheneu, em Natal, mas só graduou-se em Gestão Imobiliária recentemente, pela Faculdade Santo Augusto - FAISA, instituição superior com sede no Rio Grande do Sul. Casou em 1985 com Glenda Elizabeth Fernandes de Negreiros Mota, assistente social e empresária, com quem teve três filhos: Bruno Aristóteles, odontólogo; Bernardo Antônio, médico; e Lara Elizabeth, arquiteta.
Em 1982, criou com o pai a Imobiliária Solimões, homenagem ao rio do Amazonas que seu Pitéu conheceu e que o impressionou pela ‘imensidão de água banhando terras fecundas em uma maravilhosa imagem da natureza’. Por muitos anos líder do mercado em Mossoró, testemunha viva do rápido crescimento geográfico que a cidade teve nas últimas três décadas, a Solimões chegou a negociar mais de 50 loteamentos em um só momento.
“Quando criamos a imobiliária a região onde hoje está a sede da Petrobrás só tinha mato. Do lado esquerdo da BR 304 só existiam as casas do Abolição 3 e 4 e o Santa Delmira. Para o lado de saída em direção à Areia Branca não existia ainda o conjunto 30 de setembro. Enfim, a Mossoró de hoje estava apenas engatinhando”, relembra Toinho. Seu maior orgulho é ter podido realizar milhares de sonhos da casa própria para mossoroenses e seus novos filhos, aqueles que aqui chegaram para contribuir no desenvolvimento humano e geográfico da cidade.
A Solimões mantém um site atualizado (imobiliariasolimoes.com.br) onde o cliente pode se informar sobre as principais oportunidades imobiliárias da cidade. “O mercado anda retraído, com os investidores aguardando notícias melhores para realizar os novos lançamentos. Enquanto a economia estiver estagnada, a dica é procurar as boas oportunidades que sempre estão a surgir. A hora é de fazer negócios surpreendentes, apostando na retomada do crescimento”, indica Toinho.

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