top of page
Buscar

UM ÍCONE DO JORNALISMO MOSSOROENSE.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 29 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

DORIAN JORGE FREIRE (IN MEMORIAM)

Nascido em Mossoró em 14 de outubro de 1933, Dorian Jorge Freire se tornou um dos principais nomes do jornalismo da cidade pelo seu estilo inconfundível e ousado de escrever. Iniciou sua carreira em 1948, tendo dedicado 57 anos de sua vida a profissão até seu falecimento, em 24 de agosto de 2005, em virtude de falência múltipla de órgãos.

O filho de Jorge Freire de Andrade e Maria Dolores tinha o amor à leitura no sangue. O avô, João Freire, era jornalista no Ceará, fundador do jornal ‘O Jaguaribe’, enquanto seu pai foi criador de revistas literárias e atuante dos movimentos intelectuais de Mossoró.

Aos 15 anos, Dorian tem o primeiro contato com o jornalismo, como redator do jornal O Mossoroense. Desde então não parou, chegando a trabalhar em periódicos do eixo Rio/São Paulo. De 1954 a 1961 foi repórter e colunista político do impresso Última Hora, depois fundou e dirigiu em São Paulo, até o golpe de 1964, o semanário de circulação nacional Brasil, Urgente. Trabalhou com Caio Prado Júnior na Revista Brasiliense e fundou e dirigiu, até ser fechada pelos militares, a Editora Sinal. Foi ainda repórter e redator das revistas Escola e Realidade.

A VOLTA À TERRA NATAL – Em 1975, retornou a Mossoró, assumindo a direção de O Mossoroense, permanecendo na diretoria até 1982, quando ingressou na imprensa natalense. Por lá trabalhou no Diário de Natal e na Tribuna do Norte, até se aposentar em meados da década de 80. A partir daí, contribuiu como articulista do jornal Gazeta do Oeste até a internação que culminou com sua morte.

Durante sua vida jornalística, Dorian entrevistou várias personalidades do mundo literário, da política e da cultura brasileira e internacional. Alguns deles foram Jânio Quadros, ex-presidente do Brasil; Aldous Huxley, autor do clássico ‘Admirável Mundo Novo’; e Jean-Paul Sartre, Prêmio Nobel de Literatura e autor do best-seller da filosofia ‘O Ser e o Nada’. O jornalista também teve contato com o líder cubano Fidel Castro, a rainha do Reino Unido Elizabeth II, Craveiro Lopes, general do exército português, Raymond Cartier, jornalista francês que cobriu a segunda guerra mundial, e Brian Greene, físico e professor norte-americano especialista da teoria das cordas.

Como escritor, membro da Academia Mossoroense de Letras (AMOL), Dorian publicou os livros ‘Veredas do Meu Caminho’ e ‘Dias de Domingo’. Neste último escreveu: "A cada dia que passa vou escrevendo mais sobre defuntos. Sobre meus mortos. Não por escolha própria, que eu desejaria tê-los todos aqui por perto, ao alcance de minha mão, se impossível ao alcance de meus apelos. Mas porque a construção de meu cemitério particular vai se fazendo cada vez mais rápida, as cruzes se multiplicam, grande parte de meu camaradas já me esperando do outro lado, talvez ansiosos para contar as grandes novidades e seus profundos espantos".


Empresários Silvio Mendes e Diran Amaral e políticos Geraldo Melo e Laire Rosado com o jornalista Dorian Jorge Freire em 1985. (azougue.com)

HOMENAGGENS – Após sua morte, a Praça da Redenção, localizada entre as ruas Almeida Castro e 30 de Setembro, passou a receber o seu nome, além de ganhar uma estátua em sua homenagem. O seu nome também é lembrado através de uma rua do bairro Nova Betânia, do auditório da Estação das Artes Elizeu Ventania e do Centro Acadêmico do curso de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN.

Sua última aparição em vida se deu durante a entrega do Prêmio de Jornalismo da Petrobras onde, bastante emocionado, recebeu uma homenagem pelos 57 anos de jornalismo. A solenidade foi no Teatro Municipal Dix-huit Rosado. Em outra homenagem, a Prefeitura de Mossoró instituiu o Prêmio Dorian Jorge Freire para contemplar as melhores matérias sobre ‘Mossoró, Capital da Cultura’.

Fonte: jornal O Mossoroense.

 
 
 

Commenti


DIÁRIOS DE MOSSORÓ
SIGA
  • Grey YouTube Icon
PARCEIROS
PENSAMENTO DO DIA

 

Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

Cazuza

 

PROCURE POR TAGS
  • Grey Facebook Icon

© 2015 por O bom de Mossoró

bottom of page