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SENHOR DO DESTINO, ESCRAVO DA ARTE.

  • Foto do escritor: obomdemossoro
    obomdemossoro
  • 21 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

GILVAN ALMEIDA VITAL

O filho do ferroviário Expedito Almeida Vital e de Dorotéia Maria Vital nascido Gilvan Almeida Vital em 30 de abril de 1966, hoje gosta de assumir apenas Escravo da Arte, o seu novo nome de batismo, surgido da junção de duas atividades que fazem parte de sua história: a capoeira e o artesanato em madeira. “Escravo veio do meu nome de guerra quando fazia capoeira. Depois, quando comecei a me dedicar à arte de restaurar e esculpir madeiras, complementei o nome que representa bem a minha vida”, descreve Gilvan, ou melhor, Escravo da Arte.


CURIOSIDADE - Sua história é talhada por capítulos de dificuldades e superações, mas sempre com sensibilidade e criatividade. O mais novo de sete irmãos, estudou apenas até o 5º ano do ensino fundamental, pois ao ver o pai abandonar a família, teve que vender confeito na praça e jornais nas esquinas para ajudar a mãe no sustento da casa. Neste tempo, também fez um curso de artesão no Centro Cultural da UERN - ACEU, que lhe deu um rumo na vida. “Passava horas vendo o seu Zuza, carpinteiro que morava próximo a minha casa, no bairro Doze Anos, produzir suas obras de arte. Foi a minha inspiração. Sem recursos e instrumentos adequados tive que aprender meu ofício por curiosidade”, conta.


ITINERANTE - A falta de carinho familiar esculpiu em seu coração uma dose forte de incredibilidade diante dos sentimentos, o fazendo buscar a independência desde cedo. Passou a ser um itinerante da vida. Tinha 20 anos quando desembarcou em Brasília pela primeira vez. Trabalhou como carpinteiro na construção civil e depois em esquadrias de alumínio. Com o desemprego, fez arte para vender na Torre e na Asa Norte, dois dos principais endereços da capital do país.

Em sua trilha, enquanto escrevia a continuação de sua vida, passou ainda por Cristalino/GO, Salvador, Aracaju, Natal, voltou para Mossoró e Canoa Quebrada/CE, sempre produzindo e vendendo sua arte. “Fui um andarilho em busca de conhecimentos, amizades e rumo. Aprendi a ver o mundo de uma forma diferente, mais real, sem fantasias, do jeito que ele realmente é: duro e exigente”, descreve Escravo.


AMOR E FÉ - Um dia, gravou em seu coração o amor, quando decidiu assumir sua amiga de infância e vizinha Maria Luiza de Carvalho Neta como sua companheira de estrada. A flechada certeira produziu duas obras de arte: Millena Sabina de Carvalho Vital, 15 anos; e Aruanda Sabina de Carvalho Vital, 11. “Dou meu amor as minhas filhas, mas sempre com as rédeas puxadas, para que elas saibam que a vida não é de facilidades”, explica.

Para escravo da Arte O BOM é manter sempre a fé, cuidando da vida com carinho, pois ela é uma preciosidade concedida por Deus. “Por mais que estejamos em um momento difícil, devemos levantar nossa cabeça e seguir em frente. Buscar algo que nos dê prazer e agradecer a todos que compreendem nossas carências e torcem para que sejamos bem sucedidos naquilo que nos prontificamos a realizar”, finaliza o patrão de sua própria vida, ou melhor, o escravo de sua própria Arte.

 
 
 

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Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito.

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