AMOR PELO FUTEBOL E PELO BARAUNAS.

OLISMAR MEDEIROS LIMA

O mossoroense Olismar Lima nasceu em 03 de maio de 1948, filho de Francisco Olivar do Monte Lima, salineiro, e Maria Luiza Medeiros Lima, ambos falecidos. Sua única irmã, Maria de Fátima Medeiros Lima, empresária em Mossoró, com ele mantém uma relação de muita fraternidade, inclusive sendo compadres entre si. “Meu cunhado, Jonas Francisco da Silva, além de grande amigo, é um irmão maçon”, destaca ele.

Em 24 de dezembro, data de aniversário de seu pai, seu maior ídolo, completará 40 anos de casamento com Rosalile Maria Moura Lima, filha do ex-deputado estadual Edilson Lima Moura. Ambos fazem questão de somar mais um ano de paquera e cinco anos de namoro a esta conta. Uma relação que trouxe ao mundo quatro filhas: a farmacêutica Roseanny; a nutricionista Rosanny, a contadora e arquiteta Roselanny; e a farmacêutica bioquímica Rosaninny. Delas o casal ganhou, por enquanto, quatro netos: Rafael, Daniel, Maria Luiza e João Pedro.

“Minha esposa é tudo. Uma relação duradoura e de muita cumplicidade que nasceu no tempo em que estudávamos o Técnico de Contabilidade na União Caixeiral”, lembra Olismar. Curso que na verdade serviu apenas para unir o casal, pois Rosalile graduou-se em Ciências Sociais e depois seguiu o rumo da educação, como professora e diretora de escolas até a aposentadoria. Já ele apaixonou-se pelo jornalismo esportivo e fez desta atividade sua história.

46 ANOS DE MICROFONE - Mesmo trabalhando na salina Juraci, da empresa criada pelo seu avô Organização Comercial e Industrial Raimundo Nelson Ltda, Olismar foi atraído para o rádio ao assumir a redação e apresentação do programa Esporte no Ar, da rádio Tapuyo AM. Apenas o inicio de uma carreira ininterrupta de 46 anos com passagens pela Difusora, Rural, Libertadora, Gazeta do Oeste (Areia Branca) e Poti (Natal). Em jornal, através de colunas, passou pelo O Mossoroense e está há quase 11 anos na Gazeta do Oeste.

Olismar lembra 12 de abril de 1970 como o dia marcante de sua longa trajetória. “Era o torneio de futebol Joaquim da Silveira Borges e Antonio Martins, comandante da equipe de esportes da emissora, definiu que iria cobrir o jogo do Potiguar em Areia Branca e que eu ficaria no suporte no Nogueirão, dando as notícias do jogo do Baraunas. Na época, as transmissões eram via telefone. De repente, fui informado pelo diretor Canindé Alves que um problema técnico estava impedindo a transmissão do jogo do Potiguar, tendo como única solução eu segurar a batata quente. Ao dizer a Canindé, assombrado, que eu nunca havia narrado um jogo de futebol, tive que ouvir de forma curta e grossa: - Se vire!”, conta Olismar.

Inspirado no locutor Ivan Lima, a qual era admirador, convocou José da Costa Neto para fazer pista e José Francisco de Melo para comentar. O resultado foi tão bom que a partir daquele jogo, o do batismo, Olismar incluiu em seu currículo a profissão de Narrador de Futebol, passando a ser chamado por Canindé de “El Comandiant”.

O sucesso alcançado pelo perfeccionista Olismar Lima foi calçado na buscar dos detalhes, da melhor qualidade, dos melhores resultados. Foi assim que descobriu talentos como o de Evaristo Nogueira. Um dos melhores narradores esportivos que diz ter conhecido, hoje trabalhando na AM do Povo, em Fortaleza/CE.

Em sua riqueza de histórias acumuladas dentro da maior paixão que é o futebol, Olismar diz torcer por times em cada estado, como Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Cruzeiro e Santa Cruz, só para citar alguns, mas não tem dúvidas ao dizer que o BOM mesmo é torcer pelo seu Baraunas.

Uma escolha que faz questão de contar como nasceu. “Com 12 anos de idade eu tive a oportunidade de ver o craque e ídolo do Baraunas na época, o centroavante Etevaldo, comprar peças para a camioneta de Alfredo Fernandes, rico empresário do setor algodoeiro da região, na condição de seu motorista. Já deu para perceber que a vida de craque naqueles tempos não era como a de Neymar dos tempos atuais. A cada vinda de Etevaldo na loja de minha família ele trazia troféus, medalhas, faixas e fotos do Baraunas para mostrar a todos. Foi admirando todo aquele material que senti que estava selado em mim aquele amor. O sentimento que se eterniza em todos os verdadeiros torcedores de um time de futebol”, descreve Olismar.